A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) notificou nesta semana um foco de raiva em Itapema, após o resultado positivo para a doença em um cavalo resgatado no dia 2 de abril no município. O animal apresentava sinais clínicos sugestivos de síndrome neurológica. O médico veterinário da Cidasc, Juliano Ebert, comunicou o caso.
Foto: GOR/Divulgação
O equino foi isolado e, após o óbito, foi coletado do cérebro e medula, material para exame no laboratório da companhia, em Joinville, onde deu resultado positivo para a doença.
PROVIDÊNCIAS
Conforme determina o manual técnico para controle da raiva em herbívoros do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), as medidas para contenção do foco se estenderão aos municípios de Itapema, Balneário Camboriú, Camboriú, Porto Belo e Itajaí, levando-se em conta o raio de 12 quilômetros a partir da propriedade foco. Nestes municípios, a vacinação para raiva nos herbívoros é obrigatória, ou seja, equinos, bovinos, ovinos, caprinos, asininos e muares devem ser vacinados.
Os animais que nunca receberam nenhuma dose da vacina deverão ser vacinados imediatamente e receber o reforço 30 dias após a primeira dose. Independente de existir foco de raiva ou não, a vacinação antirrábica faz parte do calendário anual de vacinação dos herbívoros. Os produtores devem guardar o comprovante da vacinação, seja ele a nota fiscal, frasco da vacina preservando o número do lote ou carteira de vacinação emitida por médico veterinário.
O foco será considerado controlado somente se nenhum outro animal apresentar sinais clínicos da doença após a sequência de 90 dias, a partir da morte do último animal positivo. Segundo Cleverson Fiamoncinci Cordeiro, gestor de Defesa Agropecuária do Departamento Regional da Cidasc de Itajaí, a vacinação é a maneira mais eficaz de se evitar a infecção dos animais pelo vírus da raiva.
SOBRE A DOENÇA
Raiva dos herbívoros é uma doença infectocontagiosa fatal causada por um vírus e que afeta os mamíferos. No ambiente rural, a transmissão aos animais ocorre pela mordedura de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) infectados pelo vírus. Trata-se de uma zoonose, ou seja, uma enfermidade afeta homens e animais.
SINTOMAS NOS HERBÍVOROS
Os animais apresentam sinais clínicos neurológicos, como andar cambaleante, tremores, falta de coordenação motora, salivação excessiva, dificuldade de deglutição (não conseguem se alimentar ou tomar água). Com a evolução do quadro clínico os animais se deitam e não conseguem mais levantar, apresentado movimentos de pedalagem.
TRATAMENTO
Não existe tratamento. Os indivíduos afetados não conseguem se recuperar e, invariavelmente, seguem para o óbito.