Uma série de praias que figuram entre as mais procuradas do litoral norte de Santa Catarina entrou em condição de risco sanitário justamente no momento de maior movimento do verão. O alerta envolve municípios que concentram milhares de visitantes nas festas de fim de ano e acende um sinal de atenção para moradores e turistas que lotam a orla.
Praias com Bombas, Bombinhas e Zimbros, em Bombinhas; Palmas em Governador Celso Ramos; pontos da Praia de Itapema e ponto na Praia do Perequê em Porto Belo estão impróprios. Fotos: Arquivo/Divulgação
O relatório de balneabilidade nº 8, divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), válido para o período entre 29 de dezembro de 2025 e 2 de janeiro de 2026, identificou diversos pontos impróprios para banho em Bombinhas, Governador Celso Ramos, Itapema e Porto Belo.
Em Bombinhas, foram considerados impróprios trechos da Praia de Bombas em frente às ruas Martin Pescador, Tiriba e Ariramba, além de pontos da própria Praia de Bombinhas na Servidão da Avenida Vereador Manoel José dos Santos e no canto direito da faixa de areia próximo ao riacho. Também houve classificação negativa em um ponto da Praia de Zimbros, na altura da Rua Rio Madeira.
Em Governador Celso Ramos, o número de áreas impróprias é ainda maior. O relatório aponta trechos comprometidos na Praia da Armação da Piedade, na Camboa, em áreas da Fazenda da Armação próximas a riachos, além de pontos nas praias de Canto de Ganchos, Ganchos e Ganchos de Fora.
Também foram identificadas condições inadequadas para banho em vários pontos da Praia de Palmas, especialmente nas áreas próximas às ruas Anchovas, Robalos, Lírios, Alameda das Laranjeiras e em trecho da Avenida Atlântica, indicando uma concentração de risco sanitário em áreas de grande circulação de banhistas.
Em Itapema, dois pontos da Praia Central foram classificados como impróprios, nas imediações das ruas 227 e 205, enquanto em Porto Belo o alerta recai sobre um trecho da Praia do Perequê localizado na foz do rio Perequezinho.
A classificação de impropriedade ocorre quando a água apresenta níveis elevados da bactéria Escherichia coli, indicador de contaminação fecal. O IMA considera a água imprópria quando mais de 20% das amostras das últimas cinco semanas superam 800 unidades da bactéria por 100 mililitros ou quando a última coleta ultrapassa 2.000 unidades por 100 mililitros.
O órgão reforça que o banho de mar não é recomendado principalmente entre 24 e 48 horas após chuvas intensas, período em que o escoamento das águas urbanas leva resíduos, sedimentos e microrganismos para o mar, elevando o risco de infecções gastrointestinais, conjuntivites e irritações na pele.
Com a alta concentração de turistas e moradores na orla, o relatório acende um alerta sanitário em pleno auge da temporada de verão.
