Uma manhã que começou tranquila para uma moradora de Canelinha terminou marcada por constrangimento e tensão após ter o espaço ao seu redor progressivamente tomado por equipamentos de locação, em uma faixa de areia onde não havia ocupação no momento de sua chegada.

Moradora de Canelinha relata pressão e ameaças ao ocupar espaço livre na orla de Itapema. Fotos: OlhoVivoCan/Divulgação

O episódio ocorreu na Meia Praia, em Itapema. De acordo com o relato, a mulher chegou cedo, escolheu um ponto livre e se acomodou próxima a uma área onde tradicionalmente funcionam serviços de aluguel de cadeiras e guarda-sóis. Minutos depois, trabalhadores do local passaram a distribuir mesas e guarda-sóis muito próximos ao seu local, inclusive junto aos seus pés. As informações são do portal Olho Vivo Can.

A banhista afirma que, em meio à movimentação, foi questionada sobre sua origem e passou a se sentir pressionada, temendo ser cobrada por um serviço que não havia solicitado. Ao retirar um dos guarda-sóis que foi colocado ao seu lado e posicionar o próprio equipamento, teria sido advertida de que não poderia mexer no material e de que “não deveria estar ali”.

A situação se agravou quando um homem identificado como responsável pelo ponto se aproximou e questionou a permanência dela na área, alegando longa atuação no local. Segundo a denúncia, houve recolocação dos equipamentos à sua frente e ameaças verbais, o que reforçou o clima de intimidação. Apesar disso, a banhista permaneceu no local, afirmando exercer seu direito de uso de um espaço público da orla.

O caso reacende o debate sobre a ocupação de áreas públicas na faixa de areia e os limites da atuação de pontos de locação, especialmente em períodos de maior movimento turístico.