Uma sequência de apagões tem transformado as noites de verão em um teste de resistência para moradores e turistas de Bombinhas, que vêm enfrentando horas sem energia elétrica justamente no início da alta temporada. Ruas no escuro, casas sem ventilação e prejuízos domésticos se repetem em bairros como Zimbros e Canto Grande, onde as quedas no fornecimento se tornaram quase diárias.

Diante da escalada de reclamações, o prefeito Alexandre Silva (PSD) afirmou que irá cobrar formalmente a Celesc por providências imediatas e pela presença de equipes técnicas no município. Segundo ele, a situação é “inaceitável” e não pode se repetir durante o período em que a cidade recebe milhares de visitantes.

Moradores passaram a usar as redes sociais para denunciar a situação. Em relatos públicos, famílias descrevem noites sem ventilador, ataques de mosquitos, calor intenso e a sensação de abandono, além de críticas à cobrança de taxas e impostos em uma cidade que, segundo eles, não estaria preparada para sustentar o aumento populacional do verão.

Na última sexta-feira (26), a Celesc confirmou que um rompimento em um fio de alta tensão que abastece Bombinhas a partir de Porto Belo provocou um apagão generalizado e classificou o reparo como complexo. A falha afetou diferentes regiões da cidade.

O problema também gerou reações políticas. A deputada estadual Paulinha criticou a falta de investimentos na rede elétrica do Litoral Norte e afirmou que vai cobrar ações emergenciais da direção da Celesc e do governador Jorginho Mello. O vereador Átila de Oliveira, de Bombinhas, também se posicionou, defendendo união de forças para exigir melhorias imediatas na infraestrutura.

Com o verão ainda no início, moradores e autoridades pressionam por soluções rápidas para evitar que a crise energética se torne um fator de desgaste para o turismo e para a qualidade de vida na cidade.