Uma sequência de flagrantes de lixo espalhado por áreas de mata e cursos d’água tem transformado pontos turísticos em áreas degradadas, gerando revolta nas redes sociais e levando à interdição de cachoeiras no Vale do Rio Tijucas e entorno. O cenário, que mistura descarte irregular, riscos ambientais e fechamento de acessos, voltou ao centro do debate nos últimos dias.

Registros de lixo em áreas naturais provocam desabafos, bloqueios de acesso e novas interdições em cascatas da região. Fotos: Alexandre Montibeller/TopElegance/Divulgação
O tema ganhou força após a publicação fotos e um desabafo do morador Alexandre Montibeller, que criticou o descarte de resíduos em uma cascata localizada em São Valentim, em Nova Trento. Na gravação, ele afirma que a prática vai além da falta de educação e classifica o comportamento como “falta de caráter”, associando o lixo à degradação dos rios, à proliferação de áreas abandonadas e ao agravamento de problemas como enchentes e água contaminada.

A discussão não se limita a um único ponto. Em Brusque, o complexo de cachoeiras do Taquaruçu, no bairro Cedro Grande, teve o acesso ao público definitivamente fechado em 22 de dezembro após sucessivos registros de lixo e degradação ambiental. Ainda no município, uma outra cachoeira no bairro Bateas já havia sido bloqueada em novembro de 2025 pelo mesmo motivo.
Casos semelhantes também foram observados em São João Batista, onde a Cascata do Fernandes está atualmente interditada, e em Major Gercino, na conhecida Cascata do Alho. Em diferentes cidades, o descarte irregular tem provocado não apenas prejuízos ambientais, mas também a perda de áreas de lazer e turismo, com impacto direto sobre moradores e visitantes.