O governador Jorginho Mello (PL) não deve encontrar resistência quando o assunto é palanque no Vale do Rio Tijucas. O desenho político que se forma indica apoio consolidado dos cinco prefeitos da região e, salvo alguma surpresa de última hora, também da quase totalidade dos chefes do Executivo da Costa Esmeralda.

Em Tijucas, Maickon Campos Sgrott (PP) sequer disfarça a preferência. O vínculo com o governador vem desde o início do mandato e se fortaleceu em agendas estratégicas, da dragagem e dos molhes do Rio Tijucas ao contorno viário que promete desafogar o trânsito no centro da cidade. O encontro às vésperas do último Natal, ao lado da primeira-dama Lilian Poli Sgrott, foi mais um gesto público dessa aproximação.

Há ainda os apoios naturais dos prefeitos filiados ao PL: Diogo Maciel (Canelinha), Maxiliano de Oliveira (Nova Trento), Alexandre Xepa (Itapema) e Marcos Henrique da Silva (Governador Celso Ramos). Nesse grupo, o palanque já está montado.

São João Batista também tende a caminhar no mesmo sentido. Juliano Peixer (União) deve acompanhar o governador, impulsionado pela federação entre União Brasil e Progressistas, e pelo tabuleiro maior, que envolve as negociações em torno da candidatura de Esperidião Amin (PP) ao Senado. O mesmo raciocínio vale para Major Gercino, comandada por Rodrigo dos Santos (PP).
As únicas peças ainda em observação são Balneário Camboriú e Bombinhas. Juliana Pavan e Alexandre da Silva são do PSD, partido de João Rodrigues, que ensaia disputar o governo. Aliás, bate pé. Apesar do bom trânsito com o Estado, a liberação do palanque dependerá do que Rodrigues decidir, e de como o xadrez partidário se reorganizar até 2026.
Por ora, o mapa político indica que Jorginho já tem onde subir. Resta saber quem ainda vai tentar mudar de lado antes do jogo começar.