Um novo corredor rodoviário está sendo desenhado para cortar o litoral catarinense e terá passagem direta por Tijucas, integrando o município a um dos maiores projetos de infraestrutura viária já planejados em Santa Catarina. A futura Via Mar foi concebida para ligar Joinville ao Contorno Viário da Grande Florianópolis, funcionando como alternativa estruturante à BR-101 e atravessando cidades-chave do Vale do Itajaí e do Litoral Centro-Norte.

Com extensão total de 145 quilômetros, o traçado parte do entroncamento da BR-101 em Joinville, segue em direção a Guaramirim, passa pela região entre Massaranduba e São João do Itaperiú, avança por Luís Alves e Navegantes, alcança Itajaí e, no trecho remanescente, desce em direção ao sul até se conectar ao Contorno Viário da Grande Florianópolis. É nesse segmento final que a rodovia atravessa o território de Tijucas, consolidando o município como ponto de passagem estratégica do novo eixo logístico estadual.

O projeto está dividido em cinco lotes de execução. Os quatro primeiros compreendem os trechos do Norte até Itajaí, somando cerca de 90 quilômetros, enquanto o trecho remanescente, com aproximadamente 54,7 quilômetros, liga Itajaí ao Contorno Viário e inclui o percurso que passa por Tijucas. Ao longo de todo o traçado estão previstas obras especiais, como pontes, viadutos e contenções, necessárias principalmente em áreas de solo mole e regiões sensíveis do ponto de vista ambiental.

Segundo o planejamento técnico, a Via Mar terá seis faixas de rolamento em sentido duplo em todos os trechos, com velocidade máxima projetada de 120 km/h. A concepção do traçado busca manter a rodovia fora de áreas urbanas densas, priorizando corredores paralelos ao litoral, mas com impacto direto na dinâmica regional de deslocamento, especialmente nos municípios por onde a estrada passará.
As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2026. A primeira etapa, orçada em R$ 1 bilhão, será executada com recursos do governo estadual. Os demais trechos serão licitados por meio de Parceria Público-Privada (PPP), modelo que prevê a instalação de praças de pedágio ao longo da rodovia. O custo total estimado do empreendimento é de R$ 7,5 bilhões.