A discussão sobre o fim do naturismo na Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, voltou à pauta política após o protocolo de uma moção de apoio a um abaixo-assinado que pede o encerramento da prática. A iniciativa foi apresentada na Câmara de Vereadores e reúne 385 assinaturas de moradores, segundo a Associação de Moradores de Taquaras.

A moção é de autoria do vereador Guilherme Cardoso (PL), que afirma que o debate envolve questões de segurança pública, preservação ambiental e impactos nas comunidades vizinhas, como Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho. Moradores relatam episódios de atos obscenos, abordagens a pedestres, descarte irregular de resíduos e danos à vegetação, especialmente na trilha de acesso e em áreas de mata próximas.

A Polícia Militar de Balneário Camboriú também defende a retirada do status de praia naturista. Conforme a corporação, a nudez permitida dificulta a atuação policial, embora atos obscenos e uso de drogas não sejam autorizados nem mesmo em áreas de naturismo.

Tentativas de proibir o nudismo na Praia do Pinho já ocorreram em outras ocasiões. Em 2022, um projeto com esse objetivo não avançou após recomendação do Ministério Público de Santa Catarina, que orientou aguardar a revisão do Plano Diretor. A revisão do Plano Diretor foi anunciada neste ano e o texto já chegou à Câmara, o que pode reabrir a discussão sobre o regramento da praia.

Especialistas reforçam que, apesar de o nudismo ser permitido por legislação municipal, atos libidinosos configuram crime conforme o Código Penal. Atualmente, não é obrigatório estar nu para frequentar a Praia do Pinho.