Um volume de chuva que normalmente levaria semanas para cair se concentrou em poucas horas nesta terça-feira (9), inundando bairros inteiros e elevando o risco de enxurradas na Grande Florianópolis. A instabilidade, puxada pela atuação de um ciclone extratropical, espalhou alagamentos pelo estado e manteve as equipes de emergência em alerta desde a madrugada.
Ao longo da manhã, o Litoral registrou os maiores acumulados. Em apenas seis horas, Santo Amaro da Imperatriz ultrapassou 146 mm, enquanto Palhoça somou 130 mm, Biguaçu chegou a 111 mm e Florianópolis acumulou quase 90 mm, números que superam a média histórica de dezembro na região, estimada em cerca de 130 mm. No Oeste, a condição também foi crítica, com temporais isolados provocando alagamentos e destelhamentos.

Ciclone extratropical provoca alagamentos, temporais e acumulados excepcionais no Litoral Catarinense, com rajadas mais fortes previstas para quarta-feira (10).
A Defesa Civil informa que a chuva tende a diminuir ao longo da noite, mas reforça que o sistema ainda deve provocar instabilidade até quarta-feira (10). Com o ciclone já posicionado em alto-mar, os ventos passam a ser o principal fator de risco, com rajadas previstas entre 60 e 80 km/h do Meio-Oeste ao litoral. Nas áreas serranas próximas ao mar, as rajadas podem se aproximar de 100 km/h.
A agitação marítima também se intensifica entre quarta e quinta-feira (11). As ondas devem atingir cerca de dois metros no Litoral Norte e no Baixo Vale do Itajaí, entre dois e três metros na Grande Florianópolis e até quatro metros no Litoral Sul, com picos ainda maiores em alto-mar. A recomendação é evitar áreas costeiras e acompanhar atualizações oficiais.