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”Como um animal”: mulher denuncia negligência, perde 15 kg e diz correr risco de vida

Moradora de Canelinha relata dores extremas, perda de peso e sucessivas negativas de atendimento.

Por Redação D
26/11/2025 08:00:05

Um relato carregado de dor e desespero ganhou força nesta semana, quando uma paciente de Canelinha divulgou que permanece há seis meses com um cateter duplo J instalado, um dispositivo que, segundo ela, deveria ter sido removido em até dois meses, enquanto enfrenta sucessivas tentativas frustradas de conseguir atendimento no Hospital Regional São José.

A paciente, Nelita Paulino de Oliveira, afirma que está sofrendo com dores intensas, perda acelerada de peso e limitações severas desde a instalação do dispositivo. Segundo ela, o cateter foi colocado pelo próprio médico que recomendou a retirada após dois meses, mas o prazo já triplicou sem que o hospital apresente solução. Nos últimos dias, a situação teria se agravado.

 

Moradora de Canelinha relata dores extremas, perda de peso e sucessivas negativas de atendimento enquanto espera pela retirada urgente do cateter duplo J. Foto: Reprodução

 

Na sexta-feira passada, Nelita buscou realizar o exame obrigatório para viabilizar a retirada do cateter, mas a clínica teria se recusado a realizar o procedimento ao avaliar que ela apresentava risco iminente. De acordo com seu relato, o exame deveria ser feito apenas com equipamentos adequados, que não estavam disponíveis. A paciente diz ter sido enviada novamente ao hospital regional, onde passou por consulta e exames, mas não recebeu qualquer posicionamento sobre a retirada do dispositivo.

O cateter duplo J, indicado para manter o fluxo urinário entre rim e bexiga, causa dor intensa quando permanece além do recomendado. Nelita afirma que sente dor comparável a “um parto normal” ao urinar e que já precisou usar morfina em casa para suportar o quadro. Segundo seu relato, ela caiu de 69 kg para 54 kg nos últimos meses e hoje depende de outras pessoas para comer, se locomover e realizar atividades básicas.

 

 

Ela conta que buscou atendimento várias vezes no hospital, inclusive com internação, mas sem que houvesse encaminhamento para o exame necessário. Nelita diz ainda ter registrado duas reclamações na ouvidoria da unidade e que pretende adotar outras medidas caso a situação continue sem solução. Em vídeo, ela afirma estar sendo tratada “como um animal” e pede “compaixão e amor no atendimento”.

A paciente solicita que o Hospital Regional realize com urgência o procedimento para remoção do cateter.

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