A ofensiva começou logo cedo, quando equipes federais retornaram ao Litoral Norte para avançar na investigação que desmonta um esquema sofisticado de fraude previdenciária. A ação desta segunda-feira (25) marca uma nova fase da operação e amplia o alcance das suspeitas levantadas nos primeiros levantamentos.
A Polícia Federal deflagrou a operação Concubinato II com o objetivo de neutralizar um dos núcleos de uma organização criminosa que, segundo a investigação, criava vínculos falsos entre segurados falecidos e supostos dependentes para liberar pensões por morte indevidas. Nesta fase, três mandados de busca e apreensão são cumpridos na cidade de Camboriú.

Operação cumpre mandados em Camboriú após descoberta de núcleo formado por três irmãos que teria criado vínculos falsos para receber pensões por morte. Foto: PF/Divulgação
A nova etapa da operação surgiu após a análise do material coletado em 8 de agosto de 2024, quando a primeira fase foi desencadeada. De acordo com a PF, as informações levantadas indicaram um novo braço do esquema, supostamente composto por três irmãos responsáveis por estruturar relações fictícias de dependência com segurados já falecidos.
A partir dessa manipulação documental, terceiros eram habilitados de maneira irregular para receber parcelas mensais de pensão por morte. Apenas esse núcleo teria movimentado aproximadamente R$ 150 mil em valores fraudulentos, segundo a corporação.
A operação apura crimes de estelionato previdenciário e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar 13 anos somadas.