A repercussão política tomou força logo após a detenção preventiva do ex-presidente na manhã deste sábado (22), quando aliados passaram a divulgar manifestações classificando a medida como injusta e motivada por perseguição. As reações vieram de diferentes lideranças do Partido Liberal, que atribuem à decisão judicial um ataque à oposição e às garantias individuais.
O prefeito de Itapema, Alexandre Xepa, chamou a prisão de “inadmissível”, afirmando que o ex-presidente enfrentou perseguições, mas “nunca deixou de lutar pelo Brasil”. Já o candidato a prefeito de Tijucas em 2024, Thiago Peixoto, disse que o país “amanheceu triste” com a detenção de “um homem inocente que colocou o país no rumo certo”.

Prefeitos, candidatos e governador de SC criticaram a decisão do STF e reforçaram apoio ao ex-presidente após a detenção preventiva deste sábado. Fotos: Divulgação
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, também contestou a medida ao afirmar que o ex-presidente “não teve julgamento justo” e que a prisão representaria “mais um golpe contra seus direitos”, ressaltando que Bolsonaro seria o “principal nome da oposição”.
A detenção foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após relatório do sistema de monitoração do Distrito Federal indicar violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado. A decisão também mencionou a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro, considerada fator que elevava o risco de fuga.
A prisão, de caráter preventivo, não está vinculada diretamente à condenação por tentativa de golpe, mas sim ao descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça.