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Linha do tempo: veja como foi o júri de 12h que condenou Thiago Pettirini

Minuto a minuto do julgamento que condenou Thiago Pettirini pela morte de Éder Rezini em Tijucas

Por Daianny Camargo
19/11/2025 08:07:23

O júri popular que julgou Thiago Vargas Pettirini, conhecido como Gaúcho, pelo homicídio qualificado de Éder Rezini, teve resolução na noite desta terça-feira (18/11), na Câmara de Vereadores de Tijucas. A sessão, que reuniu sete jurados e foi acompanhada por familiares das duas partes, imprensa e comunidade, ultrapassou 12 horas de duração, atravessando manhã, tarde e noite marcadas por confrontos entre defesa e acusação, depoimentos impactantes e intensa expectativa pelo desfecho.

 


Fotos: Elson Lopes/TopElegance

 

O julgamento teve início às 09h00, com a formação do conselho de sentença e orientações iniciais do juiz. Já no período da manhã, antes dos depoimentos, houve momentos de forte tensão.

 

 

Às 10h35, o clima esquentou entre o advogado de defesa e o delegado Rodrigo Dantas, responsável pelo caso à época do crime.
Poucos minutos depois, às 10h49, o advogado passou a questionar o delegado sobre o laudo e o boletim de ocorrência, contestando a realidade dos fatos e perguntando se ele lembrava de todos os detalhes.

 

 

Às 10h54, os familiares de Éder Rezini e Thiago Pettirini foram convocados a entrar no plenário.
Logo em seguida, às 10h55, o delegado reagiu ao advogado dizendo: “Não distorça as coisas, advogado. O assassino aqui é o seu cliente.”

A tensão levou a uma pausa na audiência às 10h57.

A sessão retornou às 11h11, quando o juiz pediu tranquilidade aos presentes e solicitou que ninguém exaltasse os ânimos.

Manhã de depoimentos: emoção e reconstrução do crime

 

 

A partir das 11h11, o plenário voltou a receber os presentes para a série de depoimentos da família de Éder Rezini.
A mãe da vítima protagonizou um dos momentos mais emocionantes do dia, relatando entre lágrimas os instantes finais do filho:

  • 11h15“Ele foi caindo nos meus braços e morreu na minha frente.”

  • 11h14 – Ela afirmou ainda que o réu teria dito: “Tu me fechou cara, agora tu não fecha mais ninguém” antes de disparar.

O irmão de Éder também prestou depoimento, relembrando a ligação desesperada do filho avisando sobre os tiros.

Tarde marcada pelo interrogatório e debates

 

 

A sessão retornou às 13h50, quando Thiago entrou no plenário para prestar seu depoimento. O réu alegou ter agido em legítima defesa e descreveu suposta agressão com facão:

  • 14h06“Ele me golpeou com facão, eu caí e quando levantei atirei.”

  • 14h00 – Thiago afirmou ter dado “dois disparos no chão” antes do tiro fatal.

A promotora contestou ponto a ponto sua versão, apresentando laudos, imagens, rota do veículo e áudios trocados pelo réu após o crime.

Entre 14h30 e 15h37, a acusação exibiu provas técnicas, vídeos, mensagens e a rota dos carros, reforçando a tese de execução motivada por um desentendimento de trânsito.
A filha da vítima, Maria Fernanda, teve áudios reproduzidos no plenário, pedindo socorro logo após ver o pai baleado — um dos momentos mais comoventes do julgamento.

Acusação x Defesa: confronto direto e troca de acusações

 

 

A partir das 15h46, iniciou-se a fase mais tensa da sessão.
A promotora sustentou que Thiago perseguiu Éder, entrou no terreno da família e o executou na frente da filha e dos pais da vítima.
A defesa ironizou provas, questionou laudos e tentou reforçar a tese de que Éder estava descontrolado e portando um facão.

Entre 16h30 e 17h35, os ataques entre defesa e promotoria se intensificaram, exigindo intervenção do juiz em pelo menos três momentos.

Réplica e tréplica: clima de tensão máxima

 

 

Às 17h56, começou a réplica da promotoria.
A tréplica da defesa foi apresentada às 19h07, com novos debates e discussões.

Durante as falas, frases marcantes chamaram a atenção:

  • 18h34 – A promotora: “Legítima defesa não é escudo para impunidade.”

  • 19h47 – A defesa: “O compromisso está nas mãos de vocês. Não posso permitir condenação injusta.”

Leitura dos laudos, votação e expectativa do lado de fora

A partir das 19h57, o juiz passou a ler três laudos fundamentais: exame cadavérico, análises toxicológicas e relatórios periciais.

Às 20h10, teve início a votação dos jurados, enquanto imprensa e familiares aguardavam do lado de fora, já após mais de 11 horas seguidas de julgamento.

Sentença: pena superior a 27 anos e encerramento da sessão

Às 21h30, o juiz iniciou a leitura da sentença.
Os jurados reconheceram o motivo fútil, o porte ilegal de arma e rejeitaram a absolvição.

  • 21h40 – Pena-base fixada em 23 anos, ajustada para 24 anos, 7 meses e 5 dias com qualificadora.

  • 21h42 – Com agravantes, a pena final foi definida em 27 anos, 7 meses e 5 dias.

A sessão foi oficialmente encerrada às 21h42, sob forte comoção entre familiares de Éder, que acompanharam cada momento do julgamento.

 

LINHA DO TEMPO DO JÚRI — CASO ÉDER REZINI

09h00 – Início do julgamento.
10h35 – Discussão entre delegado e defesa.
10h49 – Defesa pressiona sobre laudos e BO.
10h54 – Familiares são convocados ao plenário.
10h55 – Delegado: “O assassino aqui é o seu cliente.”
10h57 – Pausa na audiência.
11h11 – Sessão retorna; juiz pede calma.
11h14–11h15 – Depoimento da mãe de Éder emociona plenário.
13h50 – Interrogatório do réu.
14h00–15h37 – Apresentação de provas técnicas.
15h46–17h35 – Confronto entre acusação e defesa.
17h56 – Início da réplica.
19h07 – Tréplica da defesa.
19h57 – Leitura dos laudos.
20h10 – Votação dos jurados.
21h30 – Leitura da sentença.
21h42 – Pena final anunciada.

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