A tarde desta terça-feira, marcada por tensão constante, avançou com interrogatório do réu e duros embates entre promotoria e defesa no plenário do júri popular que julga Thiago Vargas Pettirini, o “Gaúcho”, acusado de homicídio qualificado pela morte de Éder Rezini.

Foto: Daianny Camargo/TopElegance
Sessão reiniciada às 13h45.
Intervalo abre espaço para a fase mais tensa do julgamento: interrogatório do réu e sustentações orais.
Às 13h53, Thiago volta ao plenário vestindo camiseta polo branca.
Relata que o caso teria começado por uma colisão entre veículos.
Afirma que, ao retornar para “tirar satisfação”, Éder teria partido para cima dele com um facão.
Diz que:
deu dois tiros no chão;
e apenas um tiro em direção à vítima.
Alegou ter sido golpeado no braço e, após o disparo fatal, ter deixado o local e procurado um advogado.
O juiz questiona diversas inconsistências.
Às 14h09, a promotora afirma que o réu estava mentindo ali ou havia mentido antes.
Às 14h30, a promotora Ariane exibe áudios da filha de Éder, gravados segundos após o crime, em que ela chora e diz: “um homem armado entrou e matou meu pai”.
Sustenta que:
não houve discussão prévia;
o disparo foi feito de cima para baixo, indicando que Éder estava no chão.
Enfatiza que nenhum facão foi encontrado.
Às 14h50, classifica o crime como “execução fria”.
Aponta contradições:
entrega tardia da camisa supostamente cortada;
versões diferentes sobre datas.
Exibe provas técnicas:
imagens de câmeras (15h00–15h11);
relatório da locadora que mostra trajeto sem paradas;
registros que sugerem perseguição entre os veículos.
Às 16h30, o advogado Cattani começa sua fala.
Rebate cada ponto da acusação e afirma que Tiago não conhecia a vítima.
Diz que a discussão existiu, citando trecho do telefonema da mãe de Éder.
Questiona a falta de perícia nos supostos facões mencionados pela família do réu.
Reforça que:
o réu teria sido agredido;
dois disparos foram feitos para o chão.
Cita laudo que apontaria marcas de colisão compatíveis entre os carros.
Levanta dúvidas sobre câmeras que não cobriram todo o percurso.
Critica o delegado por não procurar munições no chão.
Sugere que a filha de Éder poderia ter sido induzida a mentir.
Em tom emotivo, afirma:
“A emoção não cabe aqui”;
“A dúvida deve beneficiar o réu”.
Rejeita a tese de execução:
“Não acredito que alguém sairia do próprio carro, com esposa e filha dentro, para matar alguém de sangue frio.”
Sustentação da defesa termina às 17h35.
Sessão entra em pausa antes da continuidade do julgamento.