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Promotora confronta Thiago Vargas Pettirini e expõe áudios chocantes em júri

O advogado Cattani iniciou sua fala às 16h30, rebatendo ponto a ponto as acusações

Por Daianny Camargo
18/11/2025 18:39:57

A tarde desta terça-feira manteve o clima de tensão no plenário do júri popular que julga Thiago Vargas Pettirini, o “Gaúcho”, acusado de homicídio qualificado pela morte de Éder Rezini. Após o intervalo para almoço, os trabalhos foram retomados às 13h45, dando início ao interrogatório do réu e, posteriormente, às sustentações da promotoria e da defesa.

 

Foto: Daianny Camargo/TopElegance

 

Interrogatório de Tiago: versão marcada por alegação de legítima defesa

Às 13h53, Tiago retornou ao plenário para prestar seu depoimento. Vestindo camiseta polo branca, deu sua versão dos fatos afirmando que o episódio teria sido motivado por uma colisão entre os veículos e, posteriormente, por uma suposta agressão com facão por parte de Éder.

Segundo o réu, ele e a família trafegavam pela região da Oliveira quando avistou o veículo de Éder dirigindo de forma brusca (13h56). Tiago relatou que, ao ultrapassar o carro, teria acontecido uma batida na traseira de seu veículo (13h57). Ao ver o carro parado próximo à casa da mãe da vítima, diz ter retornado ao local para “tirar satisfação” (13h58).

Em seu relato, Tiago afirmou que Éder teria avançado contra ele com um facão na mão, o que teria motivado os disparos (13h58–14h00). O réu disse ainda que atirou duas vezes no chão e apenas um tiro em direção a Éder (14h23). Ele alegou ter sido golpeado no braço e que, após o disparo fatal, deixou o local e procurou um advogado (14h02).

O juiz questionou inconsistências do depoimento, incluindo por que não fugiu do local quando teria sido supostamente ameaçado com o facão (14h03). A promotora, às 14h09, afirmou que Tiago estava mentindo no plenário ou havia mentido anteriormente.

Promotoria contesta versão e exibe provas

Por volta das 14h30, a promotora Ariane apresentou áudios da filha de Éder, Maria Fernanda, gravados segundos após o crime. Em lágrimas, a jovem afirmava que “um homem armado entrou e matou meu pai”.

A promotora argumentou que não houve discussão prévia e que o disparo foi feito de cima para baixo, indicando que Éder estava no chão e não representava ameaça (14h35–14h44). Ela reforçou que nenhum facão foi apreendido e chamou de absurda a hipótese apresentada pela defesa (14h44).

Às 14h50, a promotora afirmou que o caso exigia uma resposta clara dos jurados, classificando o crime como uma “execução fria” (14h45–14h50). Ela também destacou contradições nas declarações do réu, como a entrega tardia da camisa com supostos cortes e mudanças na narrativa sobre as datas (15h53–15h54).

A análise técnica exibida pela promotoria incluiu:

  • imagens de câmeras (15h00–15h11),

  • relatório da locadora indicando que não houve paradas no trajeto (14h11, 15h18),

  • e provas que indicam perseguição aos veículos (15h09–15h10).

Defesa rebate acusações e sustenta legítima defesa

O advogado Cattani iniciou sua fala às 16h30, rebatendo ponto a ponto as acusações. Ele afirmou que Tiago não conhecia a vítima e não teria motivos para persegui-la. Reforçou que a discussão existiu, leitura extraída do telefonema da mãe de Éder (16h33), e levantou questionamentos sobre a ausência de perícia em supostos facões citados pela família do réu (16h42–16h39).

O defensor insistiu que o réu teria sido agredido e que dois tiros teriam sido disparados para o chão (17h00). Ele também argumentou que o laudo indicava marcas de colisão compatíveis entre os veículos (16h20) e levantou dúvidas sobre câmeras que não registraram todo o percurso (16h53).

Ao longo da sustentação, ele acusou o delegado de omissão na busca por munições no chão (16h41) e sugeriu que a filha de Éder teria sido induzida a mentir (16h54).

Em tom emotivo, afirmou que “a emoção não cabe aqui” (17h02) e que “a dúvida deve beneficiar o réu” (17h17). Rejeitou a tese de execução: “Não consigo acreditar que um homem sairia do próprio carro, com esposa e filha dentro, para matar alguém de sangue frio” (17h18).

Recesso

Após a defesa concluir sua explanação, houve uma pausa às 17h35, retomando em seguida para continuidade do julgamento.

 

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