O Vale do Rio Tijucas vive um momento histórico com o avanço do processo de beatificação do Servo de Deus Padre Léo, cujo caso acaba de entrar oficialmente na fase romana no Vaticano. A notícia reacende a expectativa entre fiéis da região, que pode reunir dois santos em cidades vizinhas, São João Batista, onde nasceu a Comunidade Bethânia, e Nova Trento, terra de Santa Paulina, canonizada há pouco mais de duas décadas.

Processo entra na fase romana e aproxima São João Batista de repetir a história de Nova Trento. Imagem: TopElegance/Gerada por IA
A fase romana marca o início da investigação jurídica sobre vida, virtudes e fama de santidade do sacerdote brasileiro. O postulador da causa, o italiano Paolo Vilotta, confirmou que o Vaticano já abriu o inquérito que reúne documentos, testemunhos e análises sobre o legado de Padre Léo, fundador da Comunidade Bethânia e figura de grande influência espiritual no país.
Nascido em 1961, em Delfim Moreira (MG), Padre Léo demonstrava desde a infância sinais de vocação religiosa. Sua trajetória se consolidou em 12 de outubro de 1995, quando fundou a Comunidade Bethânia em São João Batista, dedicada ao acolhimento de dependentes químicos, pessoas marginalizadas e famílias em sofrimento. O carisma da obra reflete a proposta de uma “casa de acolhida”, inspirada em Marta, Maria e Lázaro.

O sacerdote faleceu em 4 de janeiro de 2007, aos 45 anos, após enfrentar um câncer com forte testemunho de fé. Sua espiritualidade alegre, direta e profundamente humana marcou milhares de pessoas, que até hoje relatam graças atribuídas à sua intercessão.

O Vale do Rio Tijucas já é reconhecido mundialmente por sua ligação com Santa Paulina, canonizada em 19 de maio de 2002, após dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica. Nascida na Itália e radicada em Nova Trento, cidade vizinha a São João Batista, ela se tornou a primeira santa brasileira e transformou a região em polo de devoção e peregrinação.