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Golpistas se passam por advogados e aplicam fraude em processos judiciais

Depois de conquistar a confianç, exigem pagamentos antecipados para a suposta liberação de crédito

Por Daianny Camargo
22/10/2025 10:34:43

A Polícia Civil de Itapema emite um alerta à população sobre o golpe do falso advogado, uma fraude que vem sendo aplicada em várias regiões do país e que se enquadra como estelionato previsto no artigo 171 do Código Penal.

 


Foto: Banco de Imagens/Google

 

Nessa modalidade criminosa, golpistas se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar e extorquir vítimas, utilizando documentos falsificados e informações aparentemente verdadeiras. As abordagens geralmente envolvem pessoas com processos judiciais em andamento, como ações previdenciárias, precatórios ou RPVs.

De acordo com a Polícia Civil os criminosos acessam plataformas públicas da Justiça, como o PJe e o JusBrasil, para obter informações detalhadas sobre processos. Com esses dados, criam perfis falsos em redes sociais e aplicativos de mensagens, simulam documentos oficiais e induzem as vítimas a realizar pagamentos sob pretextos como custas judiciais ou honorários fictícios.

“Eles criam um valor fictício: ‘você tem 150 mil reais pra receber, porém, pra receber, tem que depositar hoje nessa conta’. Inventam taxas inexistentes, como honorário de contador judicial ou oficial de justiça”, explicou o delegado.

Para dar credibilidade, os golpistas enviam documentos falsos contendo brasões da República, timbres de tribunais, cópias de sentenças, ofícios e até peças processuais com nomes de advogados verdadeiros.

Depois de conquistar a confiança da vítima, exigem pagamentos antecipados para a suposta liberação dos créditos, sob justificativas como “taxa de desbloqueio”, “emolumentos finais”, “imposto de renda” ou “taxa de transferência”. Os valores são solicitados por PIX ou depósito em contas de terceiros. Após o pagamento, os criminosos encerram o contato e bloqueiam a vítima.

A Polícia Civil reforça que nenhum órgão público, advogado ou servidor da Justiça solicita pagamentos via PIX ou depósito para liberar valores judiciais. Diante de qualquer suspeita, a orientação é não realizar transferências e buscar confirmação diretamente com o advogado ou o fórum da comarca.

Quem foi vítima ou recebeu mensagens suspeitas deve registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Itapema ou pela Delegacia Virtual (www.pc.sc.gov.br).

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