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GAECO investiga fraude imobiliária de R$ 90 milhões em cidades da região

A ação foi realizada em apoio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema

Por Daianny Camargo
03/09/2025 08:26:18

Na manhã desta quarta-feira (03/09), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) saiu às ruas para cumprir 28 mandados de busca e apreensão e quatro prisões preventivas. A ação, batizada de Operação Black Flow, foi realizada em apoio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema.

 


Foto: MPSC

 

De acordo com as investigações, um grupo empresarial estaria por trás de um esquema milionário de fraudes no setor imobiliário, envolvendo crimes como organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular.

Como funcionava o esquema

O modus operandi era bem engenhoso: o grupo lançava empreendimentos por meio de empresas chamadas SPEs (Sociedade de Propósito Específico), vendia os imóveis mesmo sem o registro de incorporação imobiliária e, em muitos casos, nem chegava a iniciar as obras.

O dinheiro pago pelos compradores era desviado para outras empresas do grupo ou até mesmo para contas pessoais dos envolvidos, bancando despesas como cartões de crédito e veículos.

Apesar de terem criado 43 empresas ligadas às SPEs, apenas 16 de fato negociavam com clientes. E o mais grave: em Itapema, apenas um empreendimento chegou a ser entregue — mas com diversas irregularidades estruturais.

 

 

Prejuízos e movimentação suspeita

Segundo o Ministério Público, o esquema teria movimentado quase R$ 90 milhões, deixando para trás uma fila de prejudicados: compradores, corretores de imóveis e até permutantes.

Interceptações telefônicas revelaram ainda que funcionários recebiam ordens para fazer transferências sem previsão e até manipular registros contábeis para tentar dar uma aparência de legalidade ao esquema.

A operação

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Estadual de Combate às Organizações Criminosas, em Florianópolis. As ações ocorreram em Porto Belo, Itapema e Joinville, além do Rio de Janeiro e São Paulo.

O nome “Black Flow” faz referência ao “fluxo obscuro” do dinheiro que deveria financiar obras, mas que terminava em contas pessoais dos investigados.

Na operação, o GAECO contou com apoio da Polícia Científica de SC e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

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