Nesta terça-feira (2), a Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ouve o perito computacional Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A audiência ocorre no mesmo horário do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foto: TV Senado
Durante o depoimento, Tagliaferro afirmou que precisou, em diversos momentos, demonstrar alinhamento com determinadas posições para obter confiança e acesso a materiais relacionados ao trabalho. Segundo ele, essa conduta foi necessária para ter acesso às informações e preservar sua segurança pessoal:
"Precisei em muitos momentos me fazer de um deles, de mostrar que eu estava inteirado, que eu tava empenhado no desejo dele, até mesmo pra poder adquirir confiança e ter acesso a todo esse material. Porque se eu fosse contra o sistema, de certa forma eu não estaria aqui hoje, tendo essa oportunidade de contar tudo. Tão pouco teria todo esse material pra apresentar e talvez até teria minha vida ceifada. Foi necessário, não tive outra opção."
O depoimento está em andamento, e os senadores da comissão acompanham o relato enquanto analisam o conteúdo apresentado.