Imagens: Reprodução/Thiago Kaue/Secom GOVSC
A indústria náutica de Santa Catarina é destaque nacional com 74% da produção das embarcações de esporte e lazer que o Brasil exporta. O índice colabora com a chamada Economia Azul, que envolve, além da construção das embarcações, atividades de pesca, turismo, logística de cargas e tudo que movimenta as 38 cidades litorâneas catarinenses. O setor cresce aceleradamente e aumentou o número de postos de trabalho em 195% de 2019 para 2023.
“O espírito empreendedor do catarinense é visto em todos os setores da economia. E nós vemos isso na indústria náutica, tanto nas grandes empresas, como nos pequenos negócios que fazem parte dessa cadeia. É um setor consolidado que é referência nacional e internacional e nos orgulha muito. Sempre buscamos atrair investimentos para esse segmento e facilitar a vinda de quem paga imposto e gera empregos em Santa Catarina”, afirmou o governador Jorginho Mello.
De acordo com dados do Observatório do Sebrae/SC, os 531 quilômetros de costa englobam 60.203 pequenos negócios, que sustentam toda a cadeia. Esses empreendimentos estão divididos em setores como Comércio, Extração e Energia, Manufatura, Pesca e Aquicultura, Serviços e Transporte e Logística.
“Isso representa muito na economia, representa muito na geração de empregos. E por que Santa Catarina tem esse potencial na economia náutica? Principalmente pelos programas de incentivos fiscais, como o Pro-Náutica, a redução de 25% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para 12%, o Prodec, e Pró Emprego, a redução no diesel para o setor pesqueiro. E, por outro lado, não podemos esquecer que o nosso governador Jorginho Mello foi o único governador do Brasil que não aumentou imposto. Então esta economia náutica, de fato, desenvolve e tem um potencial em Santa Catarina por conta dos incentivos fiscais. E isso cada vez vai avançando mais, tanto é que nos últimos dez anos a economia náutica, contando a indústria e a manutenção cresceu 110%. É uma coisa fantástica”, explica o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck.
O Secretário Executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, Paulo Bornhausen, lembra que Santa Catarina tem vocação marítima que começou a ser explorada através da pesca ainda na colonização e mais recentemente ganhou protagonismo com a construção naval, com destaque para a Grande Florianópolis, Itajaí e Joinville.
De acordo com ele, nesses pontos, se criaram pequenas empresas com capacidade para que esses produtores começassem a crescer. Paralelamente a isso, foi feita uma atração por parte do Governo do Estado nos últimos 20 anos, de empresas que vieram do exterior, colocar as suas unidades fabris em Santa Catarina o que resultou na formação de grandes estaleiros, não só para construção de barcos de passeio, mas também de navios e plataformas e, na sequência, navios militares.
“Nós estamos falando de uma cadeia muito robusta que já trabalha na sustentabilidade, que tem a visão da economia azul muito forte e portanto vai se destacando não só internamente, mas externamente, fazendo crescer as exportações de Santa Catarina e gerando uma balança importante, empregos e renda dentro de Santa Catarina com muita potência e com uma previsão dos próximos anos muito maior do que se produz hoje, com muito mais competência para conquistar novos mercados”, esclareceu Bornhausen.
Além dos incentivos, o governador Jorginho Mello também coloca a Economia Azul e a indústria náutica dentro das apresentações que faz a investidores em viagens internacionais, como as recentes visitas à Ásia e aos Estados Unidos.
“Nós temos um programa de viagens para atrair tanto compradores como investidores, dando oportunidade para que os nossos produtores possam abrir novos mercados, já que nós estamos aptos a exportar. A Secretaria de Articulação Internacional em conjunto com a InvestSC faz esses contatos nas viagens governamentais quando o governador Jorginho Mello leva e oportuniza aos setores organizados e exportadores de Santa Catarina em estarem presentes nos eventos chamados SC Day, que reúnem não apenas o governo, mas a iniciativa privada, tanto aqueles que vão vender como os que vão comprar”, assinala.
Bornhausen pontua que o Estado está sempre atento às oportunidades e fazendo agendas favoráveis aos produtores. Segundo ele, no momento em que o Brasil ainda vai se desindustrializando e nesse setor ficando muito aquém do seu potencial, Santa Catarina vai suprindo isso, através de uma mão de obra super qualificada e um espírito empreendedor único no Brasil.
O secretário Silvio Dreveck também acredita que o ambiente e os esforços do governo catarinense podem render frutos ainda mais proveitosos em pouco tempo. “Eu vejo uma expectativa muito positiva por conta desses programas, o Estado tem sido um atrativo de investimento do setor privado aqui em Santa Catarina, principalmente no nosso litoral, colocando aí Itajaí, mesmo a grande Florianópolis e outros municípios que cada vez mais estão fortalecendo. Então é uma expectativa muito positiva que esse setor vai crescer ainda mais do que está crescendo hoje, inclusive incluindo o turismo que é uma coisa muito utilizada pelo setor náutico também”, conclui.
