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PREPARA O BOLSO - Conta de luz ficará mais cara nesta semana

O percentual varia de acordo com o perfil de consumo

Por Daianny Camargo
20/08/2025 08:03:30

A partir do dia 22 de agosto de 2025, os catarinenses vão sentir no bolso um novo aumento na conta de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira (19) o reajuste tarifário da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), que terá impacto médio de 13,53% para os consumidores.

 


Foto: Divulgação

O percentual varia de acordo com o perfil de consumo. Para a maioria dos clientes residenciais, o acréscimo será de 12,3%. Já as grandes indústrias, classificadas no Grupo A (alta tensão), terão aumento de 15,8%. Pequenos comércios e consumidores rurais, que fazem parte do Grupo B (baixa tensão), vão pagar 12,41% a mais.

O que explica o aumento?

Segundo a Celesc, a principal responsável pela alta foi a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que registrou aumento de 36% em relação a 2024. Esse fundo federal financia subsídios e programas do setor elétrico, como a Tarifa Social de Energia Elétrica, o Luz para Todos, incentivos a energias renováveis e benefícios para regiões isoladas.

Além da CDE, medidas provisórias do Governo Federal ampliaram custos que também são repassados à fatura. Entre elas estão a MP 1.232, que aumentou os encargos da CDE, e a MP 1.300, que ampliou benefícios da Tarifa Social.

Como funciona a composição da conta de luz?

A tarifa é dividida em duas partes:

  • Parcela A: valores que a distribuidora apenas repassa a outros agentes, como geração, transmissão e encargos setoriais;

  • Parcela B: custos que ficam com a Celesc, usados para manutenção da rede, operação e investimentos.

De acordo com a empresa, apenas R$ 15,80 de cada R$ 100 pagos na conta permanecem com a Celesc. A fatia mais significativa é destinada a encargos definidos em nível federal.

Comparativo com anos anteriores

Nos últimos dois anos, os reajustes foram bem menores. Em 2023, os consumidores industriais tiveram até redução nas tarifas (-0,81%), enquanto os residenciais pagaram 3,64% a mais. Já em 2024, o reajuste médio foi de 3,02%, abaixo da inflação do período.

Para 2025, porém, o cenário mudou. O aumento médio de 13,53% foi impulsionado quase totalmente pelos encargos setoriais, que não são controlados pela distribuidora catarinense.

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