O jornalista Michael Shellenberger revelou documentos que denunciam uma força-tarefa secreta e ilegal liderada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, focada em perseguir apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Alexandre de Moraes Foto: EFE/Andre Borges
As provas apontam que Moraes usava mensagens de WhatsApp para coordenar relatórios informais contra figuras como Rodrigo Constantino, baseados em postagens nas redes sociais. Sem registro oficial, a operação envolveu juízes auxiliares do TSE e violou direitos constitucionais, como a privacidade, ao exigir dados pessoais de usuários por meio de hashtags. A força-tarefa configura uma repressão política destinada a calar opositores, abalando a confiança no Judiciário.
O gabinete de Moraes diz que defende a legalidade, alegando respaldo em inquéritos do STF, mas a ausência de formalidade nas solicitações e o uso de denúncias anônimas para justificar bloqueios de contas e multas intensificam as críticas. O caso, conhecido como “Vaza Toga”, escancara um Judiciário que, sob o argumento de combater desinformação, compromete a democracia e a liberdade de expressão. As revelações de Shellenberger reacendem o debate sobre a transparência e os limites do poder judicial, colocando em xeque a imparcialidade do STF no Brasil.
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