A Polícia Civil de Santa Catarina identificou 130 pessoas com patrimônio milionário que foram indevidamente beneficiadas pelo programa Universidade Gratuita, voltado a estudantes de baixa renda. A investigação, divulgada pelo delegado-geral Ulisses Gabriel, aponta indícios de fraude e ocultação de bens pelos bolsistas. Mandados de busca e apreensão foram solicitados para aprofundar as apurações.
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O caso surgiu após um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), que identificou mais de 18 mil casos suspeitos nos programas Universidade Gratuita e Fumdesc, incluindo divergências patrimoniais e declarações de renda incompatíveis. Cursos como Direito e Medicina concentram o maior número de irregularidades.
O TCE recomendou que as universidades comuniquem suspeitas à Receita Federal e ao Ministério Público. Em resposta, o governo estadual implementou uma nova ferramenta de checagem automática, desenvolvida pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), que já está em uso nas inscrições do segundo semestre de 2025.