Foto: Ton Molina/STF
O tenente-coronel Mauro Cid, que já mudou cinco vezes as versões relatadas em sua delação, reafirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, leu e pediu alterações em uma minuta golpista para anular o resultado das eleições.
Cid é o primeiro réu no processo da suposta tentativa de golpe interrogado pelo STF nesta segunda-feira (9).
Segundo o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro “enxugou” o documento, que inicialmente previa as prisões de diversas autoridades do Judiciário e do Congresso, como ministros do STF e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado.
– Ele de certa forma enxugou o documento. Basicamente retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor (Alexandre de Mores) ficaria como preso. O resto…”, afirmou Mauro Cid.
Moraes ironizou:
– O resto foi conseguindo um habeas corpus.
Diante de tantas idas e vindas nas versões de Cid, a defesa do líder da direita pretende questionar determinados pontos da delação premiada do ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro neste interrogatório na Suprema Corte, nesta segunda-feira.
– Vamos fazer os questionamentos que tem que ser feitos. É a primeira vez que vamos estar com o delator, então nós vamos questionar – diz Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro.
O STF inicia os interrogatórios do grupo que entende ser o principal núcleo da suposta trama golpista, onde está inserido o ex-presidente.
Fonte: Pleno News