A Polícia Civil de Santa Catarina indiciou por homicídio culposo (sem intenção de matar) o médico responsável pela anestesia geral aplicada no empresário Ricardo Godoi, de 45 anos, que morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória no início do procedimento. O caso ocorreu em 20 de janeiro de 2025, em um hospital particular de Itapema.
Godoi buscava fazer uma tatuagem nas costas sob anestesia geral. Segundo o estúdio de tatuagem, o procedimento médico seria feito com toda a estrutura necessária e um anestesista qualificado, cuja documentação foi aprovada pelo hospital. O procedimento foi interrompido após a parada cardíaca, e um cardiologista tentou reanimá-lo, sem sucesso.
A causa da morte foi confirmada por perícia, com indícios de que uma hipertrofia cardíaca (coração aumentado) pode ter contribuído para o óbito. O corpo foi exumado um dia após o enterro, pois não havia sido feita necropsia inicial.
O hospital Dia Revitalite afirmou que apenas cedeu a sala e equipamentos, não tendo envolvimento direto no procedimento, que foi feito por um médico particular contratado pelo estúdio e pelo próprio Godoi.
O Ministério Público de SC agora avaliará se apresenta denúncia formal à Justiça. Godoi era casado, pai de quatro filhos, avô e dono de uma empresa de carros de luxo.