Na manhã desta quinta-feira, 15 de maio, mais um grave acidente envolvendo uma moto elétrica chocou a região. Alberto Carvalho, de 61 anos, morador de Camboriú, morreu após cair na BR-101, em Balneário Camboriú, e ser atropelado por uma carreta. Ele seguia para o trabalho de moto elétrica quando tentou desviar de dois ciclistas e perdeu o controle. O acidente ocorreu nas proximidades do túnel do Morro do Boi e a morte foi confirmada no local pela concessionária Arteris Litoral Sul.
O caso traz à tona um tema cada vez mais urgente: o uso consciente e seguro de scooters e bicicletas elétricas, que têm se tornado comuns nas ruas, ciclovias e até em rodovias da região. Com o aumento da popularidade desses veículos, os acidentes envolvendo esse tipo de transporte também têm crescido — e, em muitos casos, com consequências fatais.
Em abril deste ano, um adolescente de 14 anos foi atropelado por uma caminhonete enquanto usava uma scooter na ciclofaixa, no centro de Tijucas. O jovem sofreu fraturas e lesões pelo corpo e foi encaminhado ao Hospital Infantil em estado grave.
Outro caso recente foi o de Isabelly Sicsu, também de 14 anos, que morreu após a colisão entre uma bicicleta elétrica e um caminhão, em Brusque, no dia 2 de maio. A jovem era passageira da bicicleta e sofreu traumatismo craniano. A tragédia chocou a cidade e reforçou a preocupação sobre a vulnerabilidade dos usuários desses veículos.
O problema se agrava diante da ausência de regulamentação específica, uso inadequado das vias e, muitas vezes, imprudência tanto de condutores quanto de outros motoristas. Veículos como scooters e bicicletas elétricas não exigem habilitação, mas isso não isenta os usuários da responsabilidade e do cuidado com o trânsito.
A falta de sinalização, o uso em alta velocidade e a circulação em locais indevidos, como rodovias ou calçadas, são fatores que aumentam consideravelmente o risco de acidentes.
Mesmo não sendo obrigatória a habilitação, o conhecimento das regras de trânsito é essencial. Além disso, o uso de equipamentos de segurança, como capacete, iluminação e sinalização refletiva, pode salvar vidas.
A popularização das scooters e bikes elétricas representa uma evolução na mobilidade urbana, mas exige responsabilidade de todos — condutores, pedestres, motoristas e autoridades. Só com conscientização, respeito às normas e fiscalização adequada será possível evitar que mais vidas sejam perdidas de forma precoce e trágica.
