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Justiça poderá internar mulher que perseguiu dentista

Laudo apontou que a mulher tem transtorno mental

Por Daianny Camargo
08/05/2025 19:02:31

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recomendou à Justiça que a mulher presa por perseguir um dentista em Itapema seja internada em um hospital psiquiátrico. A solicitação foi feita após a conclusão de um laudo médico que atestou que a acusada, Daiane Priscila Szlachta Terrez, de 39 anos, sofre de um transtorno psicótico não orgânico, o que a torna inimputável, ou seja, incapaz de compreender a gravidade de seus atos.

A perseguição começou em 2019, após uma consulta odontológica, quando a mulher passou a nutrir a fantasia de que vivia um relacionamento com o profissional, Felipe Cordeiro. Desde então, ele e sua atual companheira, a biomédica Bruna Moro, passaram a ser alvos de mensagens obsessivas, ameaças e tentativas de contato presencial.

De mensagens de amor a ameaças com estilete

Segundo relatos da vítima, Daiane enviava mensagens diárias, muitas vezes com conteúdo amoroso, e outras com xingamentos, ameaças de morte e até tentativas de agressão física. A perseguição passou do ambiente virtual para o físico, com visitas ao local de trabalho e até ao apartamento do dentista.

Diante da escalada de violência, um boletim de ocorrência foi registrado em 2023, e medidas protetivas chegaram a ser emitidas — todas descumpridas pela investigada. Em 3 de fevereiro deste ano, ela foi finalmente presa preventivamente em Itajaí.

Com a prisão, foi determinada a realização de um exame de sanidade mental, que ocorreu em abril. O laudo indicou que a mulher representa risco de reincidência se não for submetida a tratamento psiquiátrico adequado.

Processo continua, mas com novo rumo

A 2ª Promotoria de Justiça de Itapema pediu à Justiça a substituição da prisão pela internação provisória. Embora considerada inimputável, a ação penal deve seguir tramitando, já que a condição mental não implica em absolvição automática.

A decisão final sobre a internação ainda depende da Justiça, que avalia o pedido do Ministério Público. Enquanto isso, o caso segue mobilizando a comunidade de Itapema, diante dos desdobramentos envolvendo saúde mental, segurança pessoal e o uso de medidas legais para proteger as vítimas de perseguição.

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