Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (8) pelo IBGE confirma: Santa Catarina é o estado brasileiro com menor participação no Programa Bolsa Família. Apenas 4,4% dos domicílios catarinenses recebem os recursos do programa, índice bem abaixo da média nacional de 18,7%. O dado integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) – Rendimento de Todas as Fontes 2024, que traça um panorama da realidade econômica das famílias brasileiras.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Arquivo/Secom
No total, 123 mil dos 2,8 milhões de domicílios em Santa Catarina informaram recebimento do benefício. No Brasil, o número é muito maior: 14,8 milhões de domicílios recebem o Bolsa Família, entre os 79,1 milhões registrados em todo o território nacional.
O estudo também aponta que Santa Catarina lidera entre os estados com menor participação de programas sociais na renda domiciliar. Apenas 1% da renda média dos lares catarinenses vem dessas iniciativas. Na média nacional, esse percentual é 3,8%. Os estados com maior dependência de programas sociais são Maranhão (10,8%), Ceará (10,2%) e Pará (9,7%).
O desempenho catarinense se apoia em uma estrutura econômica sólida, com forte presença do trabalho na composição da renda. Em 2024, os rendimentos em Santa Catarina foram formados por:
Trabalho: 79,3%
Aposentadoria e pensão: 15,4%
Outras fontes: 20,7% (algumas famílias têm múltiplas fontes)
Programas sociais: apenas 1%
O rendimento médio domiciliar per capita em Santa Catarina também registrou crescimento expressivo: saltou de R$ 3.203 em 2023 para R$ 3.590 em 2024, o que representa um aumento de 12% — ou R$ 387.
Com esse resultado, o estado ocupa a quarta posição no ranking nacional de rendimentos, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 5.147), São Paulo (R$ 3.785) e Rio de Janeiro (R$ 3.618). Os vizinhos da região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, aparecem em seguida, ambos com rendimento médio de R$ 3.571. A média brasileira é de R$ 3.057.
O governador Jorginho Mello atribui os números a uma gestão focada na geração de oportunidades.
“Santa Catarina está fazendo o dever de casa, com investimentos em infraestrutura, educação, empreendedorismo e atração de empresas. Por isso temos os menores índices de pobreza e extrema pobreza do país”, afirma.
Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, o foco está na criação de empregos como motor de inclusão social:
“Programas sociais são essenciais para quem mais precisa, mas o emprego ainda é o melhor caminho. Só em 2025, geramos mais de 60 mil postos formais, e o Sine tem mais de 7 mil vagas abertas.”