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Após morte de bebê, diretora de hospital é exonerada

A Prefeitura de Balneário Camboriú emitiu nota pública informando as providências adotadas

Por Daianny Camargo
29/04/2025 14:46:26

A diretora-geral do Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, Andressa Bertiel Willeke Haddad, foi exonerada do cargo nesta terça-feira (29). A saída ocorre poucos dias após a morte de um bebê durante um parto realizado na unidade, na última sexta-feira (25). A exoneração foi oficializada por meio de uma portaria divulgada pela Prefeitura.


Foto: Arquivo NSC

O caso gerou comoção entre familiares e provocou uma série de medidas administrativas. Segundo a administração municipal, o médico obstetra responsável pelo procedimento foi afastado preventivamente, enquanto uma sindicância foi aberta para apurar as circunstâncias da morte. O prontuário da gestante foi requisitado, e um laudo técnico está sendo elaborado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).


Foto: Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú/Reprodução

A Secretaria de Saúde também determinou que a responsável pela rede municipal, Alyne, acompanhe de perto as investigações e apresente um parecer técnico em até 72 horas. O Comitê de Óbito e o Comitê de Ética do hospital também participarão da análise do caso.

Familiares da vítima cobraram explicações e justiça ainda no local. A Guarda Municipal chegou a ser acionada para conter o pai da criança, visivelmente abalado, e orientá-lo a registrar um boletim de ocorrência.

A Prefeitura de Balneário Camboriú emitiu nota pública informando as providências adotadas e reafirmando o compromisso com a transparência na condução do caso.

 

Leia a nota na íntegra:

Nota Pública da Prefeitura de Balneário Camboriú

Em cumprimento às diretrizes de gestão em saúde e com a finalidade de manter a transparência, a Prefeitura de Balneário Camboriú informa que, diante do óbito neonatal ocorrido no dia 25 de abril de 2025, no Centro Obstétrico do Hospital Ruth Cardoso, foram adotadas as seguintes medidas administrativas:

  1. Acolhimento à Família: suporte psicológico e informações sobre os procedimentos.
  2. Afastamento Cautelar: do médico obstetra responsável até esclarecimento das circunstâncias.
  3. Sindicância Interna: investigação das condições que levaram ao óbito.
  4. Protocolo com a Comissão de Óbito: análise sistemática do evento.
  5. Investigação pelo Comitê de Ética: conformidade das práticas assistenciais.
  6. Acesso ao Prontuário: solicitação do prontuário da gestante do acompanhamento pré-natal.
  7. Encaminhamento ao SVO: elaboração de laudo técnico.

Além disso, determinamos a participação ativa da responsável pela rede Alyne a investigação, com prazo de 72 horas para entrega de parecer técnico, e notificamos a empresa responsável pelo serviço para o afastamento imediato do médico responsável pelo parto.

A Prefeitura reafirma seu compromisso com a transparência e a qualidade dos serviços de saúde.

Atenciosamente,

Aline Leal
Secretária de Saúde

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