A construção do tão aguardado resort na Ilha de Porto Belo, discutida desde 2008, deu um importante avanço no início de 2025. Em janeiro, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC) concedeu a licença de instalação do empreendimento, com validade de 72 meses. Esse documento atesta a viabilidade do projeto em termos ambientais, o que representa um sinal verde para o início das obras, embora ainda sejam necessários outros estudos complementares.
O projeto, liderado pela família Stodieck, proprietária da ilha, prevê a construção de 10 blocos de hotéis, totalizando 240 apartamentos. Além disso, serão edificadas cinco áreas comuns voltadas para o lazer e apoio, como recepção, spa, restaurante, deck, piscina, quadras de esportes e um centro de eventos. O local escolhido para o resort será a ponta norte da ilha, ocupando apenas 2,5% do total do território, que soma 358,2 mil metros quadrados. O restante será preservado como uma reserva ecológica, garantindo a manutenção da área verde.
O investimento também inclui a construção de dois novos píeres, sendo um exclusivo para o acesso ao resort, além de uma base de apoio para recepção de hóspedes no continente. O empresário Alexandre Stodieck, administrador da ilha, acredita que o empreendimento será um dos melhores do estado em termos de hotelaria, sustentabilidade e educação ambiental, funcionando como um laboratório vivo para a preservação.
O empresário Luís Napoleão, da Invescon, especializada em gestão de empreendimentos imobiliários, será sócio do projeto. O valor total do investimento ainda está sendo calculado, mas a expectativa é de que, uma vez iniciadas, as obras levem cerca de 30 meses para serem concluídas. O empreendimento, quando pronto, deverá gerar cerca de 150 empregos diretos durante a alta temporada.
A Ilha de Porto Belo, um dos principais destinos turísticos da Costa Esmeralda, continuará aberta ao público, com a promessa de que nada mudará para os visitantes que já frequentam o local, conhecido por suas trilhas ecológicas, restaurantes e atividades náuticas.
Apesar de algumas etapas desafiadoras, como a supressão de vegetação nativa e a terraplanagem do terreno, os responsáveis pelo projeto acreditam que, após anos de trabalho, o projeto será uma solução vantajosa para a ilha.
