Começa hoje, dia 1º de agosto, e vai até o próximo dia 7, a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2024. Com o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, a campanha tem como propósito conscientizar a população sobre a importância do aleitamento materno em situações de vulnerabilidade social, promovendo o acesso da amamentação para todos.
Pesquisas apontam que, quanto mais vulnerável, mais perto da linha da pobreza, menos tempo as mulheres amamentam. “Precisamos fazer uma força tarefa, pensar naquelas mães que têm um trabalho informal, que voltam a trabalhar por volta dos 120 dias. É necessário observar essas mães que são dos grupos vulneráveis e acabam fazendo um desmame mais precoce”, observa Luine Cristina Baratto, médica obstetra do Hospital Marieta Konder Bornhausen, especialista em amamentação.
Por se tratar do alimento mais completo que se pode oferecer ao bebê, repleto de anticorpos, o aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida é essencial. “Além de ter a nutrição ideal para a idade, para o desenvolvimento, a quantidade exata de proteínas, carboidratos, gordura, micro e macro nutrientes, ferro, o leite materno vai proteger a criança de várias doenças”.
Benefícios para a saúde do bebê e da mãe
Estudos mostram que crianças que foram amamentadas com leite materno até os seis meses de vida têm um desenvolvimento neuropsicomotor melhor e menos riscos de contraírem doenças graves e obesidade. O desenvolvimento do sistema imunológico desses bebês também é melhor e eles têm menos riscos de desenvolverem alergias alimentares.
Amamentar traz ainda muitos benefícios para a saúde da mulher, como a recuperação do peso, redução de risco de hemorragia pós-parto, redução na chance de desenvolver diabetes tipo 2, colesterol alto, hipertensão, diminuição das chances de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio. Além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
A recomendação Organização Mundial de Saúde (OMS) é clara: o melhor alimento para o bebê é o leite materno e a orientação é que ele seja o alimento exclusivo e em livre demanda (o bebê mama a quantidade que quer, quando quer) até o seis meses e se estenda até dois anos ou mais.
“O leite materno não atrapalha a alimentação da criança, ele pode ser oferecido antes, durante e depois das refeições. Lembrando que existem algumas recomendações diferentes para casos especiais, como a prematuridade e doenças específicas”, orienta a médica.