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Morto pelo PT? Paciente vai se consultar e faz descoberta inusitada

Ele também descobriu que sua rua está como 'Eu amo Bolsonaro'

Por Daianny Camargo
17/04/2024 08:14:10

Uma moradora de Santa Catarina enfrenta uma situação preocupante após descobrir várias alterações políticas em seu cadastro no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) do Ministério da Saúde.

 

 

Seu pai é listado como 'Morto pelo PT', sua rua foi renomeada para 'Eu amo Bolsonaro', e seu endereço de e-mail foi trocado por um que expressa apoio a Bolsonaro. Essas mudanças impedem que ela receba atendimento médico.

 

 

O caso foi descoberto quando ela procurou o Centro de Atendimento da Dengue em Blumenau. O advogado da vítima, Telemaco Marrace, solicitará ao Ministério Público um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para determinar a autoria das alterações e esclarecer se foram feitas por um funcionário público municipal, estadual ou federal.

 

 

O Cartão do SUS da cliente foi inutilizado devido aos dados alterados. A Secretaria de Saúde de Blumenau afirmou que as alterações foram feitas em estados diferentes de onde a vítima reside e solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde.

Leia a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento

A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), informa que tomou conhecimento das alterações no cadastro da usuária A.F quando a paciente buscou pela rede pública de saúde no dia 14 de abril, por meio do Centro de Atendimento Dengue (CAD).

Na data, a usuária foi acolhida no CAD, passou por consulta médica e recebeu medicação na farmácia, seguindo todo o protocolo de atendimento pela equipe de saúde do município. A inconsistência no Cartão Nacional de Saúde (CNS) da paciente só foi constatada a partir da solicitação de um exame de hemograma. Para pedir o exame, é necessário acessar o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), que é um sistema web, disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS), aos estados e municípios, que permite a regulação do acesso aos serviços de saúde.

Ao tomar conhecimento da alteração no cadastro da paciente, inclusive por causa do registro indevido de óbito, a equipe da Semus investigou o fluxo das alterações e descobriu que as mudanças no cadastro da usuária foram informadas em seu CNS por pessoas de fora de Santa Catarina, mais precisamente dos estados de Pernambuco e de Minas Gerais. No momento do atendimento no CAD, a paciente foi orientada a buscar por uma unidade de saúde para pedir a regularização das informações, porém, o registro nacional de óbito só pode ser revertido pelas autoridades competentes. Por isso, a coordenação municipal de sistemas de informação em saúde da Semus já solicitou providências e esclarecimentos ao MS através de chamado formal.

A Secretaria de Promoção da Saúde segue aguardando o retorno do Ministério da Saúde em relação ao pedido de regularização da paciente.

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