A moradora de Rio do Sul, Dirce Rogério, de 55 anos, foi condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por seu envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Dirce ficou oito meses presa na Penitenciária Estadual Feminina do Distrito Federal e foi liberada em setembro de 2023 para aguardar o julgamento, utilizando tornozeleira eletrônica.
Ela foi condenada a 16 anos e 6 meses, sendo 15 anos de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, além de uma pena pecuniária de 100 dias-multa, com cada dia-multa valendo um terço do salário mínimo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Dirce pelos seguintes crimes:
1. Associação criminosa armada;
2. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
3. Tentativa de golpe de Estado;
4. Dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
5. Deterioração de patrimônio tombado.
A defesa de Dirce informou que recebeu a sentença com tristeza e planeja recorrer da condenação a partir de sexta-feira (16).
Na versão da defesa, Dirce foi a Brasília para participar de uma "oração pelo Brasil" e visitar a Catedral da cidade com outras mulheres. No entanto, ela foi atingida por bombas de efeito moral durante os protestos e, buscando abrigo, foi orientada por soldados do Exército a entrar no Palácio do Planalto. A defesa alega que Dirce foi induzida ao erro após esses eventos.
Essa condenação faz parte dos desdobramentos dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram sedes dos Três Poderes em Brasília. Outros três catarinenses já foram presos por envolvimento nos mesmos eventos.