A Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente (DPCAMI) de Itajaí concluiu o inquérito relacionado ao caso de uma fisioterapeuta do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen que viralizou após publicar um vídeo fazendo uma dancinha com um bebê recém-nascido no bolso do uniforme. A investigação revelou que a criança foi exposta a vexame ou constrangimento, configurando o crime conforme o artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A pena para esse crime pode chegar a até 2 anos, mas o desfecho do caso ainda depende do julgamento. A Polícia Civil não especificou se somente a fisioterapeuta será responsabilizada ou se outras pessoas presentes na sala durante a gravação do vídeo também serão punidas. Todos os envolvidos foram demitidos do hospital após a divulgação do vídeo.
A mãe do bebê expressou sua indignação nas redes sociais após a conclusão do inquérito. Ela questionou a exclusão da possibilidade de maus-tratos, destacando que, mesmo sem lesões aparentes, o episódio configurou um ato irresponsável. A mãe reforçou que o papel de uma fisioterapeuta é contribuir para o desenvolvimento do bebê e ressaltou as dificuldades que enfrentou durante o período em que seu filho esteve hospitalizado.
O Ministério Público de Santa Catarina optou por não se pronunciar sobre o caso devido ao fato de o processo tramitar em segredo de justiça, em virtude do envolvimento de um menor de idade. A advogada da família também não emitiu comentários pelo mesmo motivo. A mãe do bebê pediu o apoio de outras mães para buscar uma revisão na decisão, gerando repercussão nas redes sociais. O caso continua a gerar debate sobre os limites éticos e legais no tratamento de crianças em instituições de saúde.