O empresário catarinense e dono da Havan, Luciano Hang, classificou como "descabida e ideológica" a recente condenação judicial por coação eleitoral durante as eleições presidenciais de 2018. O juiz da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis determinou que a Havan e Luciano Hang paguem uma quantia superior a R$ 85 milhões devido à alegação de pressão sobre os colaboradores para votarem em Jair Bolsonaro.
Hang reagiu à decisão, afirmando que o juiz deveria ter seguido as provas apresentadas no processo, o que, segundo ele, não foi feito. Ele argumentou que todas as ordens da Justiça foram cumpridas, garantindo a liberdade de expressão do voto aos colaboradores.
O empresário ressaltou que as informações foram transmitidas aos colaboradores, destacando que a denúncia não partiu dos funcionários, mas sim de agentes públicos com militância política e sindicatos. Hang afirmou que a empresa está tranquila e que irá recorrer da decisão, pois acredita na Justiça brasileira.
A ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) alega que Hang promoveu campanhas políticas em prol de Bolsonaro com envolvimento obrigatório dos empregados em "atos cívicos". O processo indica ameaças de fechar lojas caso o candidato adversário, Fernando Haddad, ganhasse as eleições.
A condenação, que inclui uma multa e indenização, ainda cabe recurso e está em segredo de justiça.