A advogada Milena Tomelin, que representa o vereador Mauricinho Soares (MDB), denunciou uma situação de constrangimento devido à sua vestimenta ao visitar o legislador no presídio de Joinville nos dias 10 e 11 de janeiro. Em um ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Milena alega que foi abordada por uma policial penal na sala da OAB dentro da prisão, que questionou sua roupa, afirmou que ela não entraria no Fórum vestida daquela maneira e fez comentários preconceituosos.

A advogada descreveu a situação como extrema grosseria e constrangimento, alegando que sua vestimenta era composta por um blazer social comprido, short social largo e blusa fechada, adequada para as condições climáticas do dia. A policial penal chegou a exigir a carteira da OAB, medir o tamanho das roupas e ameaçou registrar uma ocorrência por desacato.

A OAB confirmou ter recebido a denúncia e está investigando o caso. Óliver Jander Pereira, presidente da OAB, destacou que não há regras específicas sobre o comprimento de roupas para visitar presídios e classificou a situação como um triste episódio para a advocacia, especialmente para as mulheres.

A Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) de Santa Catarina repudiou qualquer forma de discriminação por parte de seus servidores e informou que a corregedoria está investigando rigorosamente as denúncias, adotando medidas cabíveis se necessário. A SAP destacou que o comportamento da policial penal não está alinhado com as orientações da instituição.