Centenas de pessoas relatam terem sido vítimas de um golpe envolvendo a empresa "Excursões Do Mano", com sede em Joinville. Os prejuízos acumulados atingem a marca de R$ 8 mil e envolvem pacotes de viagens de ônibus e cruzeiros. O proprietário da agência, Wilsimar Rocha, compromete-se a realizar todos os pagamentos até o final de dezembro de 2024, embora a Polícia Civil esteja conduzindo uma investigação sobre o caso.
Foto: Lucas Koehler, A Notícia
Diversas vítimas compartilharam suas experiências, destacando casos de sonhos de viagem frustrados. Solange da Silva planejava uma viagem de cruzeiro para celebrar sua aposentadoria, mas seu sonho foi desfeito. Outras vítimas, como o pai de Jéssica Cunha, também foram impactadas pelo golpe, sofrendo o cancelamento de pacotes adquiridos.
Andressa do Rosário, uma estudante, criou um grupo no WhatsApp para reunir vítimas do golpe. Em poucos dias, o grupo contava com mais de 100 participantes, todos compartilhando histórias semelhantes de prejuízos. Dentre as vítimas, um casal de Jaraguá do Sul destaca que comprou um pacote de viagem para o Rio de Janeiro e soube do cancelamento horas antes do embarque, sem receber o dinheiro de volta.
As vítimas alegam que a empresa não possui uma sede física, realizando encontros nas casas dos clientes ou em lanchonetes. Em dezembro do ano passado, os responsáveis pela empresa deram baixa no CNPJ, alegando encerramento de liquidação voluntária.
A Polícia Civil está investigando o caso para determinar se os responsáveis agiram de forma premeditada, com intenção de enganar as vítimas. O delegado regional de Joinville destaca que, se comprovada a má fé, os responsáveis podem responder por estelionato.
O proprietário da agência, Wilsimar Rocha, assume falhas em 2023, citando prejuízos e golpes, e compromete-se a pagar todas as dívidas até o final de dezembro de 2024. Ele destaca que pegou dinheiro emprestado para evitar a situação, mas não conseguiu arcar com os custos. Para solucionar as dívidas, ele planeja arrecadar dinheiro por meio de viagens de compras, venda de pacotes para outras agências, comissões em vendas de pacotes para o Carnaval no Rio de Janeiro e venda de um produto próprio. A arrecadação mensal é estimada em R$ 20 mil.
*Com informações de Guilherme Barbosa, repórter da NSC TV