Política

Vereador é preso pela segunda vez em menos de 10 dias

A prisão tem ligação com os casos de corrupção no Detran

Por Daianny Camargo
08/12/2023 19:50:53

Na noite desta sexta-feira (8), o vereador de Joinville, Mauricinho Soares (MDB), foi preso pela segunda vez em oito dias, desta vez na Câmara de Vereadores. A prisão está ligada aos casos de corrupção no Detran, relacionados à liberação irregular de carteiras de motoristas suspensas pelo Departamento de Trânsito.

 

 

Mauricinho foi conduzido na viatura da Polícia Civil após deixar a Câmara, onde, conforme informações preliminares, é alvo de uma nova investigação. Em 30 de novembro, o vereador foi preso por posse ilegal de arma, pagando fiança de R$ 12 mil no mesmo dia.

Desta vez, Mauricinho e um funcionário terceirizado foram presos preventivamente. O delegado Rafaello Ross, responsável pelo caso, confirmou a operação, mas não forneceu mais detalhes sobre a ação.

Na sessão de terça-feira (5), o vereador se manifestou sobre o caso, alegando que a arma encontrada era de um amigo falecido, e que a possuía para defender sua família. Na quarta-feira (6), ficou decidido que Mauricinho terá dez dias para apresentar defesa após notificação formal pela Casa.

Entretanto, o desfecho do caso não deve ocorrer este ano devido ao recesso parlamentar iniciando em 17 de dezembro. O conselho de ética tem 180 dias corridos para finalizar os trabalhos.

A ação da Polícia Civil está relacionada à liberação irregular de carteiras de motoristas pelo Detran, envolvendo mais de 100 condutas criminosas. A investigação iniciou em janeiro deste ano, revelando irregularidades em 58 dos 60 processos auditados em três meses.

Seis pessoas, incluindo Mauricinho, são investigadas por crimes como falsidade ideológica, inserção de dados falsos e organização criminosa. A operação também cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e suspendeu atividades de empresas de despachantes.

Além disso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 28 mandados de busca e apreensão relacionados a crimes contra a administração pública, como peculato, corrupção e sonegação fiscal, praticados entre 2016 e 2020 no contexto do programa de pavimentação comunitária. Vereadores teriam facilitado contratações e indicações políticas para favorecer empreiteiros. O vereador Cláudio Aragão é apontado como líder da suposta organização criminosa.

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