A criança de apenas quatro meses, que teve a cabeça cortada durante o parto na maternidade Darcy Vargas, em Joinville, em agosto deste ano, precisou retornar à internação no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, na mesma cidade. A mãe da criança confirmou a informação nesta segunda-feira (4).

Em nota, a Secretaria do Estado da Saúde (SES) esclareceu que já instaurou uma sindicância para investigar a conduta da obstetra responsável pelo parto. A mãe, emocionada, revelou que, devido ao corte gerado durante o parto por cesariana, a criança desenvolveu uma lesão cerebral, atualmente sob investigação médica.
"Agora, a minha pequena está com uma espécie de água no cérebro. Quando os médicos descobriram, pediram para a gente voltar imediatamente, e vamos fazer vários exames", disse a mãe, destacando que a criança apresenta convulsões diárias.
A criança nasceu em 14 de agosto, e a mãe buscou atendimento médico após o nascimento, preocupada com a lesão na cabeça da bebê. A criança havia passado por uma cirurgia em decorrência do corte feito durante o parto.
O termo "água no cérebro" é uma expressão popular, sendo mais preciso referir-se à condição médica chamada hidrocefalia, que envolve o acúmulo anormal de líquido cerebrospinal no cérebro.
Além dos desafios médicos, a mãe relata ter se sentido negligenciada e alvo de racismo durante o atendimento, destacando que a bebê chorou por 24 horas até ser atendida por um médico. A SES afirmou que a sindicância está em andamento, e um relatório será elaborado nos prazos legais.