A proposta de Orçamento para o ano de 2024 e a Secretaria da Receita Federal revelam que a equipe econômica do governo não prevê a redução de impostos federais sobre combustíveis no próximo ano, de acordo com informações do g1.

Alguns benefícios fiscais já foram encerrados, como no caso da gasolina, etanol e querosene de aviação. Entretanto, as alíquotas permanecem reduzidas até o final de 2023 para o diesel, biodiesel e gás de cozinha (GLP).

Com o término da desoneração, esses produtos enfrentarão aumentos de impostos no início de 2024, o que, se repassado aos consumidores, pode resultar em elevação nos preços, impactando a inflação.

O diesel, sendo amplamente utilizado no transporte de cargas e no transporte público, é especialmente sensível a aumentos de preço, tendo potencial para afetar os preços de forma geral na economia.

O aumento da tributação sobre o gás de cozinha, por sua vez, pode impactar não apenas a população de baixa renda, mas também a classe média, influenciando nos preços praticados por restaurantes.

A Petrobras, em junho deste ano, reduziu o preço da gasolina após o governo federal aumentar os impostos federais sobre a gasolina e etanol.

O possível retorno dos impostos federais pode resultar em aumentos significativos, com estimativas do Instituto Combustível Legal (ICL) e da Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) indicando possíveis aumentos de até R$ 2,18 no botijão de gás, R$ 0,35 por litro de diesel A, R$ 0,15 por litro de biodiesel, R$ 0,33 por litro de diesel B e R$ 2,18 por botijão de 13 kg de gás de cozinha.

Essas mudanças ocorrem em meio aos esforços da equipe econômica para equilibrar as contas públicas em 2024, uma meta considerada desafiadora pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que visa arrecadar R$ 168 bilhões a mais no próximo ano para zerar o déficit fiscal.