Durante uma audiência trabalhista na Vara da Justiça do Trabalho em Xanxerê, Santa Catarina, a juíza Kismara Brustolin foi registrada em vídeo repreendendo uma testemunha aos gritos e exigindo que ela a chamasse de "excelência". A testemunha, aparentemente assustada, foi instruída a dizer: "O que a senhora deseja, excelência?".
A juíza interrompeu a fala da testemunha e insistiu para que ela repetisse a frase, afirmando que, se não o fizesse, o depoimento não seria considerado. Em determinado momento, a juíza chamou a testemunha de "bocudo" e pediu para que ele parasse de falar. O incidente ocorreu em 14 de novembro, mas o vídeo repercutiu posteriormente, levando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Catarina a solicitar providências e apuração do caso junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC).
O TRT-SC suspendeu a realização de audiências pela juíza e informou que a Corregedoria Regional abrirá um procedimento apuratório de irregularidade. A OAB-SC classificou as atitudes da juíza como "agressivas para com os advogados" e pediu rigor na apuração do ocorrido.