24 de novembro de 2023, marca o primeiro aniversário de um crime bárbaro que deixou a cidade de Tijucas em choque. Há exatamente um ano, no dia 24 de novembro de 2022, a comunidade testemunhou a tragédia que abalou as estruturas de uma família e levantou questões sobre a violência doméstica e suas consequências.
O caso ocorreu no loteamento Mata Atlântica, no bairro Areias, quando o corpo carbonizado de Miriam Pessoa, de 32 anos, foi encontrado em cima de uma cama no segundo andar de um apartamento. As circunstâncias do crime revelaram uma história trágica de desavenças conjugais, desdobrando-se em um feminicídio brutal que deixou a população local atônita.
Os eventos que levaram a essa tragédia começaram a se desenrolar no dia anterior, quando a Polícia Militar foi acionada para responder a uma briga de casal no mesmo apartamento. O casal, que vivia na cidade há cerca de 10 anos e tinha um filho de 12 anos com autismo, estava enfrentando desafios conjugais. O irmão do autor do crime relatou que aconselhou o irmão a sair de casa, e ele estava hospedado na residência do irmão há dois dias.
Na tarde do fatídico dia, o autor, identificado como André Machado, pediu ao seu irmão para buscar o filho do casal na escola. O adolescente, que sofria de Transtorno do Espectro Autista, foi levado para a casa do tio, enquanto eventos trágicos se desenrolavam no apartamento.
A tragédia se desdobrou quando, na manhã seguinte, o corpo da vítima foi encontrado carbonizado. As autoridades, incluindo o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias de Balneário Camboriú, foram acionadas para a cena do crime. O relatório policial revelou que André Machado, o próprio marido da vítima, confessou o assassinato por telefone, detalhando os eventos macabros que levaram à morte de Miriam Pessoa.
A motivação por trás desse crime hediondo foi revelada como uma suposta traição conjugal. André Machado, que havia deixado a casa e estava morando com seu irmão, ainda tinha a chave do apartamento. Ele teria surpreendido Miriam Pessoa no local, dando início a uma série de eventos que culminaram no assassinato brutal.
O autor, que fugiu para o Estado do Paraná após o crime, chegou a enviar mensagens pelo celular da vítima para uma amiga, tentando criar uma narrativa de que o casal estava brigando. Essas mensagens foram enviadas depois que Miriam já estava morta, evidenciando uma tentativa de ocultar sua autoria no crime.
Após seis dias de intensas buscas, André Machado se entregou à Polícia Civil na cidade de Guarapuava, Paraná, onde estava escondido. O delegado de Tijucas, Alison Rocha, representou pela prisão do autor, destacando a cooperação entre as polícias estaduais para capturar o criminoso.
Neste aniversário sombrio, a cidade de Tijucas se lembra da tragédia que deixou marcas indeléveis na comunidade. O caso destaca a importância de abordar questões de violência doméstica e buscar soluções para prevenir tais tragédias no futuro.
