O Serviço de Busca e Salvamento (SAR) do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil segue à procura dos seis tripulantes do pesqueiro Manuela Simão, que desapareceu no sul do litoral do Rio Grande do Sul no início de novembro. Por enquanto, nenhum vestígio da embarcação foi encontrado. A Marinha do Uruguai foi contatada para ajudar na busca ao pesqueiro desaparecido.
Na tarde desta segunda-feira, houve uma reunião entre o Sindipi, Marinha do Brasil e a família do armador de pesca Madson Orlando Simão, que também era mestre do barco e está desaparecido junto com sua tripulação. Além dele, estão desaparecidos: João Maricelo Matos Santana, Rafael Matos Santana, Elizandro Rodrigues Silveira, Arildo Honorato e Edmar Marcelino Ribeiro.
As buscas ao Manuela Simão começaram no dia 12 de novembro – logo após a esposa do armador alertar sobre a falta de contato com a embarcação. O Sindipi e a Marinha do Brasil já solicitaram apoio à autoridade marítima do Uruguai para a procura da embarcação – já que há chance do barco ter sido levado para as águas do país vizinho.
“Infelizmente até agora nada foi avistado, mas além das buscas e do contato com a autoridade marítima do Uruguai, também vem sendo feito de maneira paulatina e diária, contato via rádio pelos navios da Marinha com navios mercantes e outras embarcações para verificar se algum deles possam ter visto algo ou possam ter notícia de alguma situação vivida pela embarcação que vem sendo procurada”, explica o delegado da Capitania dos Portos em Itajaí, capitão de fragata Eduardo Rodrigues Lima.
Embora não esteja liderando a operação conduzida ao sul das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), o capitão informou que as buscas prosseguirão com o navio-patrulha Babitonga, aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e o alerta à comunidade pesqueira. A varredura segue em uma área que abrange o litoral do Rio Grande do Sul, da fronteira marítima com o Uruguai, até Itajaí, em Santa Catarina.
A embarcação pesqueira saiu de Itajaí no dia 18 de outubro para pescar “cardume associado”, que pesca principalmente atum, mas também listrado e peixe-rei. Eles deveriam retornar na sexta-feira, dia 11 de novembro. No entanto, segundo a esposa do armador, no início de novembro a embarcação perdeu o sinal de GPS na costa do Rio Grande do Sul.
Na segunda-feira, dia 13 de novembro, a esposa do armador procurou a Marinha do Brasil para avisar do desaparecimento da embarcação. Com a consulta no sistema de rastreamento, o último sinal emitido pelo barco ocorreu no dia 4 de novembro, próximo à costa do Rio Grande do Sul. Antes de perderem o rastreador, não houve qualquer relato de problemas pelos tripulantes.
Fonte: Diarinho
