O Deputado Estadual Repórter Sérgio Guimarães utilizou a tribuna da Assembleia de Santa Catarina, para trazer à tona um polêmico caso envolvendo a aquisição de kits de higiene bucal em diversos municípios catarinenses. Segundo o deputado, o valor pago por alguns itens desses kits atingiu a impressionante cifra de R$ 600 mil reais.
A aquisição dos kits de saúde bucal envolve cerca de 11 cidades no estado, levantando sérias preocupações quanto ao uso dos recursos públicos. O Ministério Público (MP) já está acompanhando de perto o caso, em busca de esclarecimentos sobre as possíveis irregularidades na licitação e nos custos envolvidos.
O deputado Guimarães também revelou que a empresa responsável pela fabricação dos kits já esteve sob investigação anteriormente. Durante sua carreira como repórter, Guimarães conduziu uma reportagem sobre vendas de terrenos ilegais ligados à mesma empresa. Além disso, o deputado afirmou que os livros incluídos nos kits foram escritos pela esposa do proprietário da empresa, levantando dúvidas sobre a imparcialidade e a qualidade do material educativo.
Denúncias de superfaturamento em Laguna, levam o Ministério Público a investigar a compra de kits de saúde bucal para crianças. O vereador Kek questiona o alto custo dos kits, que custaram à prefeitura R$ 1,2 milhão, com valores individuais de R$ 599,89 a R$ 599,90. A licitação envolveu duas empresas vencedoras, e uma sócia de uma delas solicitou espaço para se pronunciar na Câmara em direito de resposta.
Além de Laguna, suspeitas de superfaturamento surgem em Nova Trento e Canelinha, totalizando gastos consideráveis para os municípios. O prefeito de Canelinha, Diogo Maciel, considera rescindir o contrato com a empresa fornecedora devido a possíveis falhas no serviço prestado, enquanto o prefeito de Nova Trento, Tiago Dalsasso, notifica a empresa devido a divergências entre o material recebido e o protótipo.
Os municípios aguardam esclarecimentos da empresa fornecedora e destacam a importância da transparência e fiscalização em licitações e contratos públicos para garantir o uso responsável dos recursos públicos e a prestação de serviços de qualidade à população. O caso está sob investigação do Ministério Público.
