No município de Dona Emma, localizado no Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina, um trágico episódio envolvendo motivações políticas resultou na morte de um empresário e na fuga do Presidente da Câmara de Vereadores, Valdir Siqueira (MDB). Um ano após os terríveis acontecimentos, a situação permanece sem resolução.
Foto na esquerda a vítima Luciano Mafassoli/na direita o autor Valdir Siqueira
No dia 5 de novembro de 2022, uma discussão em um bar no Centro de Dona Emma teve desfechos trágicos. O empresário Luciano Mafassoli foi morto, enquanto duas outras pessoas ficaram feridas. O presidente da Câmara, Valdir Siqueira, é apontado como o agressor, tendo utilizado uma faca, que estava em seu carro, durante o ato criminoso. Após o ataque, o vereador fugiu do local.
De acordo com a delegada Elisabete da Cruz Pardo, o desentendimento teria sido motivado por divergências políticas, uma vez que as vítimas e o agressor estavam em lados opostos nas eleições. A motivação por trás do trágico episódio estaria relacionada a uma aposta de R$ 5 mil no resultado das eleições presidenciais, na qual o empresário Luciano teria apostado a favor de Bolsonaro, enquanto o vereador Siqueira seguia para o Lula.
A agressão resultou na morte de Luciano Mafassoli, e os outros dois envolvidos também sofreram ferimentos, embora menos graves. Após o ataque, Valdir Siqueira fugiu em sua caminhonete, e a Polícia Militar realizou buscas para localizá-lo, mas ele permaneceu foragido.
A situação do vereador se agravou, uma vez que, posteriormente, seu mandato foi cassado pela Câmara de Vereadores de Dona Emma devido a excesso de faltas injustificadas nas sessões ordinárias. Segundo informações, Siqueira não compareceu a tais sessões desde 7 de novembro de 2022, acumulando 14 faltas no ano de 2023.
O caso está sob investigação, com a polícia aguardando o resultado da perícia e ouvindo outras testemunhas. Um mandado de prisão preventiva está ativo contra Valdir Siqueira, que segue foragido até o momento. A defesa do vereador aguarda intimação para seguir com recursos pertinentes, e a família deve decidir se ele se apresentará ou não às autoridades.