Com a possibilidade de Alexandre Ramagem lançar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) surge como a principal aposta para liderar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no próximo ano.
Inicialmente, a cadeira estava destinada a Ramagem, porém, seu nome vem ganhando destaque como candidato para eleições municipais na capital fluminense, especialmente após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretar a inelegibilidade do general Braga Neto, que também almejava entrar na corrida eleitoral.
O comando da CCJ nas mãos da oposição é fruto de um acordo costurado entre o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o Partido dos Trabalhadores (PT).
Caroline de Toni tem desempenhado um papel ativo na busca pela aprovação do Estatuto do Nascituro, um projeto de lei que propõe a proibição do aborto no país, inclusive nos casos já liberados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Vale ressaltar que a CCJ é uma das comissões temáticas mais cruciais da Câmara dos Deputados.
Em 2020, a deputada Caroline de Toni se viu envolvida em um episódio que a colocou entre os onze parlamentares cujos sigilos bancários foram quebrados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Tal ação fazia parte de um inquérito destinado a investigar a organização e o financiamento de eventos supostamente "antidemocráticos". Naquela ocasião, a deputada expressou sua discordância quanto à justificativa para a medida adotada. Com isso, a escolha de Caroline de Toni para liderar a CCJ, em vez de Ramagem, representa um desenvolvimento significativo no cenário político da Câmara dos Deputados, refletindo as mudanças de candidaturas e as dinâmicas políticas atuais.
"Não fiz nada que não fosse um direito de garantia fundamental, que é me manifestar, acompanhar em Brasília as manifestações onde as pessoas apenas pediam para que deixassem o presidente Bolsonaro governar", declarou à CNN Brasil.
Ainda em 2020, a deputada também colocou em pauta um projeto de lei com o intuito de eliminar a exigência de uma reserva mínima de 30% para candidaturas femininas em eleições proporcionais.
Fonte: Novo BSM