A operação do GAECO, deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), cumpriu sete mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão. A investigação apura corrupção para aprovação de alterações no plano diretor do município para beneficiar loteadores.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça de Camboriú, deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a operação Terra Prometida. Foram cumpridos sete mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios particulares e órgãos públicos, nos Municípios de Camboriú, Balneário Camboriú, Bombinhas, Ilhota, Itapema e Tijucas. Estão sendo apurados crimes de concussão, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, dentre outros.
A operação Terra Prometida é resultado de uma investigação iniciada no ano de 2015 com base em notícia-crime recebida pelo GAECO de Itajaí, cujo conteúdo indicava que vereadores do Município de Camboriú estariam recebendo vantagens indevidas para promoverem alterações no plano diretor municipal que beneficiassem, sobretudo, empresários ligados ao ramo de loteamentos imobiliários. Nesse sentido, estão sendo investigadas as condutas de aproximadamente 60 pessoas.
"Terra Prometida" contou com o apoio de aproximadamente 50 policiais integrantes dos Grupos Regionais dos GAECO de Itajaí, Chapecó, Lages, Blumenau, Joinville, Criciúma e Florianópolis, além de Promotores de Justiça que integram o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público do Estado de Santa Catarina.
A operação foi denominada "Terra Prometida" em razão de que parte dos pagamentos de propina oferecidos e pagos aos servidores públicos investigados era realizado por meio da entrega de lotes até então pertencentes às empresas beneficiadas pelo esquema criminoso.
Colaborou Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC
Em Tijucas
Segundo informaçções apuradas pelo Blog do Leo Nunes o relatório do Gaeco afrima que, Abel Calixto Cardoso, servidor da prefeitura, teria sido interceptado em ligações telefônicas cobrando de Gustavo Farah Laffitte (coordenador do departamento de execuções de obras da loteadora G.Laffitte) o terreno que lhe foi prometido por Gelson Laffitte (presidente da empresa) em troca de favores que concedeu à G.Laffitte junto à prefeitura de Tijucas no processo de licenciamento do empreendimento do grupo empresarial. Estas informaçções foram apuradas pelo Blog do Leo Nunes.