Um empresário de Brusque foi condenado a uma pena de prisão no contexto das investigações da Operação Mensageiro, que é considerada o maior esquema de corrupção da história de Santa Catarina. A sentença inicial foi de 26 anos de prisão, mas devido a um acordo de colaboração premiada, a pena foi reduzida para dez anos de prisão.
O envolvimento do empresário nesse esquema de corrupção está relacionado ao seu cunhado, que era prefeito de Itapoá, no Norte do estado de Santa Catarina. O empresário era responsável por recolher propinas com o "mensageiro" e entregar os envelopes ao seu cunhado. Essas entregas ocorriam em frente a um estabelecimento comercial em Brusque.
A decisão judicial foi proferida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), com a relatoria da desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Além do empresário de Brusque, outras nove pessoas foram condenadas. A sentença foi assinada no final de setembro. Os detalhes do acordo de colaboração premiada não foram divulgados.
Em seu depoimento à desembargadora, o empresário afirmou que tinha uma vida normal de negócios e que não dependia da prefeitura. Ele também enfatizou que foi envolvido no esquema por seu cunhado e que não estava de acordo com isso, além de alegar que não precisava desse tipo de atividade e que não obtinha ganhos financeiros com ela.
O empresário mencionou que não abria os envelopes que continham dinheiro de propina, mas que, com o tempo, ele disse que não queria mais se envolver. Afirmou que não precisava daquele dinheiro, citando que o cunhado era evangélico.
Ele reconheceu que sabia que o dinheiro era proveniente de propina, mas enfatizou que não estava envolvido nas negociações financeiras e reforçou que não recebia benefícios em troca.
Uma decisão judicial vigente impede a divulgação dos nomes dos colaboradores premiados na Operação Mensageiro pelos meios de comunicação, o que justifica a não divulgação das identidades dos envolvidos nesta matéria, incluindo nome e foto.
