Foto: Foto: Lucas Correia / Agencia RBS/Divulgação
Uma rebelião no presídio da canhanduba em Itajai, que teve início na manhã deste domingo (29), durou aproximadamente 5h. Os detentos mantiveram dois funcionários de uma empresa terceirizada reféns, sob ameaças, e tomaram a enfermaria e a ala do Regime Diferenciado Disciplinar (RDD).
Tido como exemplo de ressocialização, o Complexo da Canhanduba passou a sofrer com a superlotação, desde que unidades prisionais em todo o Estado deixaram de receber novos presos por ordem judicial. Hoje, abriga detentos de Blumenau, Rio do Sul e da Grande Florianópolis, além dos que são da região de Itajaí.
Foi exigido pelos internos um celular, a presença de um juiz e de representantes da OAB, para garantirem suas integridades físicas. A direção do complexo respondeu que não haveria violência.
O Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap) ainda não divulgou como os trabalhadores foram rendidos. Todo o complexo é monitorado por câmeras, o que pode esclarecer os fatos. Os detentos reclamavam da superlotação.
O acordo realizado entre os negociadores e os líderes da rebelião foi firmado em cerca de 10 minutos. Os agentes pediram para ver os reféns e seguiram com as conversações, após terem certeza que eles estavam bem.
As vítimas foram liberadas e segundo o juiz Responsável pela Vara de Execuções Penais de Itajaí, Dr. Pedro Walicosky Carvalho, o Deap se comprometeu a iniciar a transferência dos 150 presos de Blumenau que estão no presídio ainda esta semana.