O ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como o "Pablo Escobar brasileiro", está atualmente detido em uma prisão de luxo na Bélgica, onde foi extraditado em junho, enfrentando acusações de tráfico internacional de drogas. O ex-policial tem conexões com uma operação da Polícia Federal em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Fotos e informações: Diarinho
Carvalho está preso na Penitenciária de Haren, em Bruxelas, que é considerada um "resort" penitenciário devido às suas instalações modernas, incluindo academias, salas de informática, bibliotecas, centro médico e áreas para caminhada. Antes de ser levado para a Bélgica, ele estava detido em Budapeste, Hungria, onde foi preso em junho de 2022 após figurar na lista da Interpol.
No Brasil, o "Major Carvalho" está foragido desde a operação Enterprise em 2020, que visava desmantelar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Ele é acusado de movimentar mais de R$ 2 bilhões enviando 45 toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa entre 2017 e 2019, usando portos no Brasil para essa operação.
A operação Vertigem, um desdobramento da operação Enterprise, também investigou atividades de lavagem de dinheiro envolvendo a compra de imóveis de luxo em Balneário Camboriú, Itajaí e Arapongas (PR), com negociações feitas por "laranjas" para esconder o verdadeiro comprador, que era o "Major Carvalho".
O complexo penitenciário de Haren é considerado o maior presídio da Bélgica e foi inaugurado em setembro de 2022, com foco em tratamento humanizado e reintegração dos detentos. O ex-policial militar foi expulso da corporação em 2018 após várias condenações, incluindo uma por transportar 237,3 kg de cocaína em 1998. Ele usava nomes e documentos falsos para escapar da polícia e já simulou sua própria morte por COVID-19 na Espanha para enganar a justiça.
